Janja e ministras de Lula lançam edital em terreiro de macumba no Rio

O motivo da visita foi o lançamento do Edital Mãe Beata de Iemanjá, promovido pelo governo Lula

Por Plox

05/07/2025 20h45 - Atualizado há 2 dias

Em Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro, o terreiro Ilê Axé Omiójuarô foi palco de um encontro significativo nesta quinta-feira (3). A ministra da Cultura, Margareth Menezes, deu início à sua agenda na cidade acompanhada da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.


ImagemFoto: Presidência


O motivo da visita foi o lançamento do Edital Mãe Beata de Iemanjá, promovido pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR). A iniciativa tem como foco o apoio a projetos de justiça ambiental conduzidos por comunidades tradicionais de terreiro ou de matriz africana. O edital premiará 54 ações em andamento ou já concluídas, sendo duas por unidade da federação. As inscrições foram abertas nesta sexta-feira (4).



Em seu discurso, Anielle Franco destacou a importância da iniciativa no contexto das negociações climáticas.

Esse prêmio é ainda mais relevante em ano de COP30, uma vez que o MIR defende a pauta da participação dos afrodescendentes, povos e comunidades tradicionais e de matriz africana nas negociações sobre clima e meio-ambiente, afirmou a ministra.



A política conta com o apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fundação José Bonifácio (FJB) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sendo uma das ações do Julho das Mulheres Negras, mês que homenageia a Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.



Durante a visita, também foi realizada a Roda de Diálogo: Valorização das Tradições de Matriz Africana e o Papel das Mulheres de Terreiro na Promoção da Justiça Ambiental. O evento reuniu lideranças religiosas, representantes da sociedade civil e gestoras públicas. Anielle reforçou a importância das raízes culturais e da preservação das tradições:

A gente tem essa ligação com a nossa ancestralidade, tem respeito, entende a preciosidade que foi com todas as dificuldades que nossos ancestrais tiveram para gente ter tido as casas de candomblé, as mães e os pais de santo, nos trazendo reserva das nossas histórias porque isso é que nos dar a possibilidade de entender porque precisamos entender e reafirmar sobre os nossos direitos


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Margareth Menezes aproveitou a ocasião para falar sobre a reconstrução do Ministério da Cultura e da Fundação Palmares, destacando o compromisso com a valorização das culturas afro-brasileira, indígena e cigana.

A gente não deixa de defender esses direitos, porque a gente tem que entender o Brasil com essa diversidade humana que tem, mas principalmente nessa questão de fazer a reparação necessária, dentro do Ministério da Cultura estamos trabalhando dessa forma, disse a ministra.


Janja ressaltou o papel das mulheres e das religiões de matriz africana na preservação ambiental.

São as religiões de matriz africana, e especialmente as mulheres, as grandes protetoras do meio ambiente e articuladoras de ações de adaptação às mudanças climáticas, declarou a primeira-dama



Como parte do evento, foi anunciada a concessão de uma homenagem póstuma à Mãe Beata de Iemanjá (Beatriz Moreira Costa), considerada uma das maiores referências do candomblé no Brasil. O reconhecimento, concedido pelo MIR, celebra sua atuação na promo

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