A disputa interna pela presidência do diretório estadual do PT em Minas Gerais ganhou novos rumos neste sábado (5), após a Justiça conceder à deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG) uma liminar que garante sua participação na eleição marcada para o domingo (6).
O imbróglio teve início na última terça-feira (1º), quando a candidatura de Dandara foi barrada durante uma reunião do Diretório Nacional do partido. A alegação do PT foi de que a parlamentar estaria inadimplente com suas contribuições partidárias, acumulando uma dívida que ultrapassaria R$ 130 mil. Essa decisão da executiva estadual foi mantida mesmo após recurso à instância nacional da legenda.
Em resposta, Dandara acionou a Justiça, alegando não ter tido direito ao contraditório dentro dos trâmites internos do partido. Segundo ela, não foi oferecida a chance de apresentar sua defesa adequadamente, o que violaria as normas regimentais da sigla. Como parte da argumentação judicial, a deputada apresentou dois comprovantes: um de R$ 6.859,06 e outro de R$ 124.963,20, sendo que este último não teria sido compensado por um erro da instituição bancária.
"Queremos que a militância tenha o direito de exercer seu livre poder de escolha. E espero que essa decisão seja respeitada pelas instâncias do partido", declarou Dandara, comemorando o desfecho judicial
Além disso, a deputada recebe apoio de importantes nomes do partido, como o deputado federal Reginaldo Lopes, os estaduais Luizinho, Marquinhos Lemos e Andreia de Jesus, a prefeita de Contagem Marília Campos e o vereador Pedro Rousseff, de Belo Horizonte.
Com a liminar concedida, Dandara entra oficialmente na disputa interna do PT-MG, revertendo uma decisão que havia causado tensão entre militantes e lideranças da sigla.