Onda de vandalismo atinge mais de 450 ônibus na Grande São Paulo
Desde junho, ataques a coletivos se espalham pela capital e região metropolitana; polícia investiga motivações e reforça segurança
Por Plox
05/07/2025 12h37 - Atualizado há 1 dia
Uma série de ataques a ônibus tem causado preocupação na Grande São Paulo desde o dia 12 de junho. Em apenas 24 horas, 35 coletivos foram depredados, elevando o total para 235 veículos danificados na capital paulista, segundo a SPTrans.

Além da capital, cidades como Osasco, Cotia e Santo André também registraram casos. Em Cotia, um adolescente foi apreendido com um artefato utilizado nos ataques. Em Osasco, três ônibus foram alvos de vandalismo na sexta-feira, sem registro de feridos.
No total, mais de 450 ônibus foram atacados na região metropolitana e no litoral paulista, incluindo 223 casos em linhas intermunicipais, conforme dados da Artesp. Os ataques, em sua maioria, envolvem pedras arremessadas contra os veículos, resultando em vidros quebrados e, em alguns casos, ferimentos em passageiros.
A Polícia Civil investiga as motivações por trás dos ataques. Embora a participação de facções criminosas tenha sido descartada até o momento, duas linhas de investigação estão em andamento: uma relacionada a desafios promovidos em redes sociais e outra envolvendo possíveis retaliações de empresas de transporte coletivo.
Para conter a onda de vandalismo, a Polícia Militar lançou a Operação Impacto Proteção a Coletivos, mobilizando 7.890 policiais e 3.641 viaturas em pontos estratégicos da cidade. A operação, que conta com o apoio da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), está prevista para durar até o final de julho.
A SPTrans orienta as concessionárias a reportarem imediatamente qualquer ocorrência à Central de Operações e a registrarem boletins de ocorrência. A prefeitura de São Paulo também está utilizando imagens do programa Smart Sampa para auxiliar na identificação dos responsáveis pelos ataques.
Enquanto as investigações prosseguem, a população enfrenta transtornos com a redução na frota de ônibus e o aumento na insegurança durante os deslocamentos diários.