Advogado abandona defesa de homem que matou a própria mãe em BH
Gabriel Arruda deixa caso de Matteos França Campos, acusado de matar e abandonar o corpo da mãe sob viaduto em Vespasiano; detento foi transferido após sofrer ameaças
Por Plox
05/08/2025 13h20 - Atualizado há 1 dia
O advogado Gabriel Arruda anunciou, nesta terça-feira (5), sua retirada da defesa de Matteos França Campos, de 32 anos, acusado de matar a própria mãe, Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, e abandonar o corpo sob um viaduto em Vespasiano, na Grande BH.

Em comunicado oficial, Arruda justificou sua decisão após uma análise criteriosa do processo, alegando que a medida foi tomada por motivos ligados aos \"valores éticos e morais\" do seu escritório. O advogado também prestou solidariedade aos familiares, amigos e alunos da professora, dizendo estar disponível para explicar os motivos da desistência.
A vítima, conhecida como professora Tati, lecionava no Colégio Santa Marcelina, em Belo Horizonte. Matteos, seu filho, confessou à Polícia Civil que matou a mãe por enforcamento, após uma discussão motivada por dívidas acumuladas com jogos de aposta e empréstimos consignados. Ele alegou ter agido sozinho e, depois do crime, viajou com amigos para a Serra do Cipó.
O corpo da professora foi encontrado no domingo (20), parcialmente coberto por um lençol e com sinais de violência. A vítima vestia apenas a parte superior da roupa e estava sem documentos. A Polícia Militar foi acionada após uma denúncia anônima. Até o momento, os laudos da Polícia Civil indicam que não houve violência sexual.
A prisão de Matteos foi comunicada oficialmente em 25 de julho pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que elogiou o trabalho da polícia. Sem divulgar inicialmente o nome do suspeito, Zema reforçou que criminosos não têm vez no estado.
Desde sua detenção, Matteos foi transferido entre presídios por motivos de segurança. Inicialmente levado ao Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte, ele foi posteriormente transferido para o presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, onde teria recebido ameaças de morte. Após novos riscos identificados, foi transferido no dia 29 para o Presídio de Caeté, onde permanece sob custódia.
A Polícia Civil segue investigando o caso, enquanto familiares e colegas da professora Soraya Tatiana ainda lidam com o impacto da tragédia.
A história segue ganhando repercussão e novos desdobramentos são aguardados nas próximas semanas.