MPMG aciona Justiça para impedir que mulher acusada de mandar matar o marido receba herança
Acusada de planejar a morte do companheiro com o amante, mulher está foragida e pode perder direito à herança
Por Plox
05/08/2025 06h56 - Atualizado há 1 dia
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu entrada em uma Ação Civil Pública com o objetivo de impedir que uma mulher, atualmente foragida, receba a herança do marido, morto de forma violenta em setembro de 2023, na zona rural de Engenheiro Caldas, no Vale do Rio Doce.

As investigações conduzidas pela Polícia Civil e pelo MPMG apontaram que a mulher teria atuado como mandante do assassinato, ao lado do amante. O crime foi planejado para que o casal pudesse manter um relacionamento extraconjugal, conforme indicam os elementos reunidos pela Promotoria de Justiça de Tarumirim. A acusação sustenta que ela teria contratado um terceiro executor, oferecendo pagamento em troca do serviço.
De acordo com a apuração do processo penal, a vítima foi atraída até uma estrada rural com a justificativa de visitar uma propriedade à venda. No local, previamente combinado com os cúmplices, o casal foi abordado por dois homens armados. Um deles realizou diversos disparos contra o marido, que morreu na hora. Para despistar a polícia, os autores simularam um latrocínio, levando os celulares e um cordão de ouro da vítima.
Na época, a esposa relatou à polícia que estavam em um carro quando foram interceptados por assaltantes. Segundo seu depoimento, os criminosos teriam mandado os dois saírem do veículo. Foi nesse momento que o marido tentou fugir e acabou sendo atingido por tiros no tórax, peito e perna. Ele chegou a ser levado para atendimento, mas não resistiu. Poucas horas depois, dois suspeitos foram detidos e confessaram a participação no homicídio.
A Promotoria afirma que o crime foi cometido por motivo torpe, com emboscada e traição, além de ter utilizado recursos que dificultaram a defesa da vítima.
“A ré já foi pronunciada para julgamento pelo Tribunal do Júri, mas encontra-se foragida”, informou o Ministério Público
. A promotoria embasa o pedido judicial em normas que autorizam a exclusão de herdeiros que atentam contra a vida de quem deixa o patrimônio.
Caso o pedido do MPMG seja acatado pela Justiça, a mulher será impedida de receber qualquer parte da herança do marido, marcando um novo capítulo nessa trama marcada por traição, violência e fuga.