Nikolas critica prisão domiciliar de Bolsonaro e acusa manobra

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de colocar Jair Bolsonaro em prisão domiciliar nesta segunda-feira (4), provocou reações imediatas no meio político. Entre elas, destacou-se a do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que classificou a medida como uma \"cortina de fumaça\".

Foto: Câmara dos Deputados

Durante uma participação no programa Oeste sem Filtro, o parlamentar apontou uma suposta coincidência no timing da decisão judicial. No mesmo dia em que vieram a público novos documentos sobre a forma como o gabinete de Moraes conduziu os casos relacionados aos atos de 8 de janeiro, veio também a ordem de prisão domiciliar ao ex-presidente.

\"Não passa de uma cortina de fumaça absurda. Coincidentemente hoje [segunda, 4], quando saem diversos documentos a respeito de como Alexandre de Moraes e seus assessores tratavam as condenações do dia 8 de janeiro, de forma completamente política, vendo o que a pessoa postou lá em 2018\",

Nikolas Ferreira argumentou que a medida de restrição a Bolsonaro tem como objetivo limitar completamente sua atuação política, sobretudo ao impedir sua comunicação com o público e outros interlocutores.

\"Quem não está na rede social, quem não pode se comunicar, quem não pode falar com ninguém é uma pessoa praticamente morta\"

Além das críticas diretas ao ministro do STF, Nikolas voltou sua atenção ao Senado Federal, responsabilizando a Casa por não conter os avanços de Moraes. Segundo ele, cabe ao Senado julgar e processar os magistrados da Corte Suprema, algo que não vem sendo feito com o rigor necessário.

\"Quem deixou correr solto Alexandre de Moraes chama-se Senado\"

A repercussão sobre a prisão domiciliar de Bolsonaro continua crescendo. Diversas figuras públicas e autoridades, como advogados, lideranças religiosas e representantes internacionais, já se manifestaram a respeito, ampliando o debate sobre a legalidade e os impactos políticos da decisão.