Pesquisa diz que, além de fetos, vírus da zika causa danos neurológicas em adultos

A pesquisa também constatou que um medicamento usado para outra doença pode combater efeitos da Zika

Por Plox

05/09/2019 08h33 - Atualizado há mais de 4 anos

Uma publicação da Nature Communication, nesta quinta-feira (5), um dos mais importantes meios de  divulgação científica do mundo, traz uma revelação que muda o entendimento sobre o vírus da Zika.

Diferentemente do que se acreditava até então, a doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, também pode infectar tecidos cerebrais em pessoas adultas.

A descoberta, feita e divulgada por  pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), permite compreender casos ocorridos durante o surto da doença, em 2015.  Alguns adultos infectados apresentavam quadro de confusão mental e dificuldade motora, nitidamente definidos como 
de complicações neurológicas. E esses sintomas persistem mesmo após a “cura”.

Os cientistas concluíram que o vírus não pode causar má formação do cérebro em adultos, mas ataca os neurônios e causa danos que provocam perdas de controle e de memória.

dengueFoto: reprodução


Boa surpresa 
Durante os estudos, os pesquisadores também descobriram quem um remédio anti-inflamatório, usado para o tratamento da artrite reumatoide, tem um efeito positivo para as pessoas com danos neurológicos causados pela Zika.
O estudo conclui então que o medicamento, que tem o nome genérico de infliximab, poderá ser adorado meses casos, em adultos. 

Os envolvidos na pesquisa tem se aproveitado do levantamento dos assuntos em torno da nova descoberta para protestarem contra cortes do governo na área de pesquisas no país.

Eles mencionam que a pesquisa foi custeada com financiamento público, com a Rede de Pesquisa em Zika, Chikungunya e Dengue no Estado do Rio de Janeiro, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e também apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
 

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