Silvio Almeida é acusado de assédio sexual contra Anielle Franco
Organização Me Too Brasil confirma denúncia contra ministro dos Direitos Humanos; acusações incluem outros episódios de assédio e assédio moral.
Por Plox
05/09/2024 22h50 - Atualizado há 9 dias
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, está enfrentando sérias acusações de assédio sexual contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. De acordo com informações reveladas pelo portal Metrópoles, a denúncia foi encaminhada ao Me Too Brasil, uma organização que oferece suporte a vítimas de violência sexual, incentivando-as a se manifestar.
Detalhes das acusações
Os episódios de assédio teriam ocorrido no ano passado e, conforme relatos de integrantes do governo, assessores e amigos da ministra, envolveram comportamentos inapropriados, como toques nas pernas, beijos não consentidos e uso de expressões de cunho sexual. A jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, destacou que esses relatos já circulam há meses e que Anielle Franco teria sido convidada a comentar o caso em junho deste ano, mas optou por não se manifestar, buscando proteger o governo de um possível escândalo.
Silêncio da ministra e proteção das vítimas
Procurada pela imprensa, a ministra Anielle Franco se recusou a comentar, afirmando que não iria confirmar ou negar o caso. O Me Too Brasil, por sua vez, reforçou seu compromisso de preservar a identidade das vítimas, não divulgando informações sobre quem fez a denúncia.
Negativas e apoio ao ministro
Aliados de Silvio Almeida negam as acusações, afirmando que ele está sendo alvo de perseguição dentro do próprio governo, com grupos interessados em removê-lo do cargo. Segundo esses aliados, as denúncias seriam parte de uma tentativa de desestabilizar a posição do ministro.
Outras vítimas e dificuldades de apoio
Em nota, o Me Too Brasil informou ter recebido denúncias de outras vítimas de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida. A organização apontou que essas vítimas enfrentaram grandes dificuldades em conseguir apoio institucional para validar suas denúncias, uma situação comum em casos envolvendo agressores em posições de poder. Diante dessa realidade, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa.
Acusações de assédio moral
Além das denúncias de assédio sexual, Silvio Almeida também enfrenta acusações de assédio moral. Conforme reportado pelo UOL Tab, desde que o ministro assumiu seu cargo, dez processos internos foram abertos para investigar possíveis casos de assédio moral, dos quais sete já foram arquivados. No primeiro ano de sua gestão, 52 pessoas deixaram o ministério, sendo que pelo menos 31 pediram demissão, alegando problemas de relacionamento com o ministro e suas assessoras diretas, a chefe de gabinete Marina Basso Lacerda e a secretária-executiva Rita Cristina de Oliveira. O ministério se defendeu, classificando as alegações como “falsas suposições”.