Zema se diz pronto para disputa presidencial em 2026 e critica governo Lula
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou que está disposto a concorrer à presidência em 2026, caso seu nome seja o escolhido, e fez críticas à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.
Por Plox
05/09/2024 11h42 - Atualizado há 4 meses
Romeu Zema revelou, em entrevista à Rádio Tupi, que ele e outros governadores de centro-direita têm se reunido para discutir uma candidatura única nas eleições presidenciais de 2026. Entre esses líderes estão Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ratinho Júnior (Paraná) e Ronaldo Caiado (Goiás). “As pesquisas vão indicar qual o nome mais viável, pode ser um desses nomes. Se for o meu, eu aceito, se for de outra pessoa, eu aceito”, disse Zema, reforçando que seu objetivo é contribuir para o país. Ele ainda destacou a necessidade de "limpar a sujeira" em Brasília.
Críticas ao governo Lula
Zema não poupou críticas à administração do presidente Lula. Ele apontou o elevado número de ministérios no Brasil como um dos grandes problemas da gestão federal, afirmando que o país possui "o maior número de ministérios do mundo". Para ele, a solução está na eficiência e na competência, e não no favorecimento de aliados políticos. “Precisamos de gente competente e não de companheirada”, destacou Zema, comparando a situação a um time de futebol que coloca familiares e não os jogadores qualificados para disputar a Copa do Mundo. Ele finalizou, dizendo que o Brasil precisa amadurecer muito em termos de gestão pública.
Embate entre Alexandre de Moraes e Elon Musk
Zema também comentou sobre a polêmica envolvendo Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, e Elon Musk, empresário bilionário, em relação à liberdade de expressão. Zema defendeu a importância do debate democrático e criticou tentativas de silenciar opiniões divergentes. Para ele, isso coloca o Brasil em um caminho perigoso, semelhante ao de países que já adotaram práticas não democráticas.
Crescimento econômico de Minas Gerais
Zema celebrou os avanços econômicos de Minas Gerais durante sua gestão, mencionando a geração de quase um milhão de empregos com carteira assinada no estado. Ele destacou que Minas se tornou um estado atrativo para investimentos, com empresas se instalando a uma velocidade recorde. “Na maioria das regiões de Minas Gerais hoje há falta de mão de obra, o que considero um bom problema. Só não trabalha quem não quer”, afirmou.
Política de austeridade e cortes de gastos
Zema reafirmou sua postura de austeridade como governador, ressaltando que reduziu o número de secretarias de 21 para 13 e que cortou privilégios como aeronaves e a residência oficial do governador. Segundo ele, seus secretários foram escolhidos por critérios técnicos e não por alianças políticas. "O meu secretário de saúde é médico, entende de medicina. Foram escolhas técnicas. Se você quer ganhar uma Copa do Mundo, você tem que levar craques", afirmou.
Apoio à chapa de Mauro Tramonte e Luísa Barreto em BH
O governador demonstrou confiança na candidatura de Mauro Tramonte e Luísa Barreto à Prefeitura de Belo Horizonte, elogiando a competência dos dois. Tramonte é comunicador e Barreto foi secretária de Planejamento no governo Zema. “Tudo indica que nós vamos conquistar a Prefeitura de Belo Horizonte. Duas pessoas extremamente competentes: ele na área de comunicação e ela na área de gestão pública.”
Acordo de Mariana e Brumadinho
Zema também abordou os acordos relacionados aos desastres ambientais de Mariana e Brumadinho. Ele destacou o acordo rápido feito após Brumadinho e a necessidade de avançar nas negociações sobre Mariana, enfatizando que os recursos obtidos com o acordo terão destino definido, como construção de hospitais, estradas e escolas.