Anvisa emite alerta sobre riscos graves do uso de tadalafila sem orientação médica
Agência reforça que medicamentos para disfunção erétil só devem ser usados com prescrição e aponta efeitos colaterais sérios
Por Plox
05/09/2025 16h58 - Atualizado há cerca de 6 horas
O crescimento no consumo de remédios para disfunção erétil chamou a atenção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que nesta sexta-feira (5) publicou um novo alerta sobre o uso indiscriminado dessas substâncias.

Entre os medicamentos citados estão a tadalafila — popularmente chamada de 'tadala' —, a sildenafila (conhecida como Viagra), além de vardenafila, udenafila e lodenafila. Segundo a Anvisa, o uso sem acompanhamento médico, em combinações com drogas ilícitas ou até mesmo em produtos não autorizados, como suplementos e gomas, pode gerar consequências graves para a saúde.
No último ano, a tadalafila figurou como o quinto medicamento mais vendido no Brasil, o que reforça a preocupação da agência com o consumo voltado ao uso recreativo.
“As substâncias apresentam sérios riscos quando utilizadas fora das indicações da bula aprovada, em combinação com outros medicamentos como anti-hipertensivos ou substâncias ilícitas, ou em formulações não autorizadas, expondo os indivíduos a riscos clínicos e psicológicos significativos”
, destacou o comunicado oficial.
Os efeitos adversos descritos pela agência incluem desde eventos cardiovasculares graves, como infarto, morte súbita, AVC, dor no peito, palpitações e taquicardia, até casos de hipotensão em pacientes que já fazem tratamento para hipertensão. A lista também aponta situações de aumento da pressão, desmaios, ereções dolorosas e prolongadas que podem ultrapassar quatro horas, além de perda repentina de visão ou audição, muitas vezes acompanhada de zumbido e tontura.
Em 2025, a Anvisa identificou e proibiu a comercialização da goma Metbala, que continha tadalafila em sua composição, ressaltando que os medicamentos só podem ser vendidos sob prescrição médica e não devem aparecer em outros formatos.
A agência orienta que qualquer reação adversa ao uso desses medicamentos seja comunicada a um profissional de saúde e registrada no sistema VigiMed, reforçando a importância do acompanhamento médico para evitar complicações sérias.