Receita convoca 127 mil mineiros para corrigir declarações retidas

Em Minas Gerais, 127 mil contribuintes foram convocados pela Receita Federal para corrigir informações no Imposto de Renda, após caírem na chamada malha fina. O anúncio foi feito pelo superintendente adjunto da Receita no estado, Wagner Bittencourt, que destacou a importância de cada cidadão verificar a situação pelo portal Gov.br.

Apesar de expressivo, o número representa apenas 2,8% do total de 4,5 milhões de declarações enviadas neste ano em Minas. O índice, segundo Bittencourt, é até menor do que o registrado em 2024, quando 3,1% dos documentos apresentaram problemas.

\"Esse é um número que a princípio é muito pequeno, né? São 4 milhões e meio de declarações entregues, e nós temos 127 mil em pendências de malha. É um número proporcionalmente menor do que o do ano passado\"

, afirmou.

A Receita explica que o contribuinte deve agir por conta própria: o órgão não envia mensagens ou ligações alertando sobre pendências. Caso a restituição não tenha sido liberada, é preciso acessar a área “Meu Imposto de Renda” no portal Gov.br, consultar o extrato da declaração e identificar o motivo da retenção. Em seguida, basta retificar os dados incorretos ou incompletos.

A retenção pode ocorrer por divergências entre as informações fornecidas pelo contribuinte e os dados enviados por empresas, bancos ou outras instituições. Sobre isso, Bittencourt ressaltou que nem sempre a falha está do lado do cidadão.

“Essa pendência pode ter sido por um erro do contribuinte ou, muitas das vezes, porque a outra parte talvez não possa não ter prestado a informação corretamente. Então, um dos dois precisa corrigir isso”

, explicou.

Depois de sanadas as pendências, quem tiver valores a receber entra automaticamente nos lotes residuais de restituição, pagos mensalmente pela Receita Federal. O acompanhamento pode ser feito no próprio site da instituição. “Se isso não foi feito até agora, quer dizer, agora que percebeu que não houve uma restituição, ainda dá tempo de fazer essa correção, de ver o que que aconteceu”, reforçou o superintendente adjunto.