Semelhanças físicas com miliciano: médicos podem ter sido mortos “por engano”
Os investigadores estão sondando a possibilidade de que o verdadeiro alvo do ataque fosse um miliciano de nome Taillon de Alcântara Pereira
Por Plox
05/10/2023 22h09 - Atualizado há mais de 1 ano
Na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, uma tragédia se desenrolou, resultando na morte de três médicos e um ferido. Conforme fontes nas polícias, o cerne da investigação aponta para um erro fatal: os médicos podem ter sido baleados por engano.

Os investigadores estão sondando a possibilidade de que o verdadeiro alvo do ataque fosse um miliciano, conhecido na região de Jacarepaguá, de nome Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. Esta hipótese ganha força ao se observar a semelhança física entre Taillon e o médico Perseu Ribeiro Almeida. Em uma das últimas imagens registradas antes do ataque, é possível ver Perseu com uma camisa do Bahia. Infelizmente, ele foi uma das vítimas que não resistiu.

Entre as vítimas, havia uma conexão política direta. Diego Ralf Bomfim, um dos médicos assassinados, era irmão da deputada Sâmia Bomfim (Psol). Esta relação levou o ministro da Justiça, Flávio Dino, a determinar que a Polícia Federal acompanhasse as investigações, embora Dino não veja, por enquanto, razões para federalizar o caso.
As investigações também indicam que a execução foi conduzida sem um planejamento detalhado. A presença de um atirador usando bermuda, além de outros com camisas e calças escuras, mas com rostos descobertos, sugere esta falta de preparação. Isso também é corroborado pelo fato de que tudo aconteceu rapidamente, com o crime ocorrendo às 0h59, conforme registrado pelas câmeras de segurança, e a ação durando menos de 30 segundos.
Os médicos estavam hospedados no Hotel Windsor, situado na Avenida Lúcio Costa, e estavam na cidade para o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo. Outro fato digno de nota é a revelação de que um dos atiradores retornou para verificar Perseu, já ferido, sugerindo alguma dúvida sobre sua identidade ou condição.
A Polícia Civil do RJ não descarta outras linhas de investigação, mas está confiante na hipótese de execução, uma vez que nada foi roubado e os criminosos já chegaram atirando, sem dizer uma palavra. Por enquanto, o caso continua sob investigação, e a comunidade espera por respostas e justiça.