Um ano após complicações no parto e perda da mão esquerda, mulher busca por justiça e reabilitação

Mulher aguarda resposta após amputação em hospital carioca

Por Plox

05/10/2023 14h54 - Atualizado há quase 2 anos

Gleice Kelly Silva, 25 anos, esperava sair do Hospital da Mulher Intermédica, em Jacarepaguá, com seu filho Levi nos braços. No entanto, após complicações médicas durante o parto, ela teve a mão esquerda amputada e até hoje busca respostas sobre o ocorrido. O inquérito policial, que tramita na 41ª DP, no Tanque, Zona Oeste do Rio, permanece sem conclusões.

 

 

Foto: Redes sociais

Investigações em andamento

Em suas declarações, Gleice expressa sua frustração com o processo. "É muito ruim ver que o tempo está passando e nada acontece", desabafa. Ela relembra as complicações após receber um acesso venoso que fez sua mão inchar e escurecer. A intervenção médica adequada só veio após uma transferência hospitalar, culminando na amputação.

A Polícia Civil, quando contatada pelo g1, confirmou que a investigação está em curso e é monitorada pelo Ministério Público. O grupo Notre Dame Intermédica, responsável pelo hospital, enfrenta um processo cível movido por Gleice e sua advogada, Monalisa Gagno. Até o momento, garantiu-se o direito de Gleice à reabilitação, mas a decisão sobre a prótese ficou para o final do processo.

 

Consequências do atraso

A advogada de Gleice, Monalisa, expressa preocupação com o tempo que as investigações estão levando e como isso pode afetar a reabilitação de sua cliente. Segundo ela, o máximo alcançado no inquérito até agora foi a solicitação de um exame de corpo de delito.

Gleice, por outro lado, tenta se adaptar à nova realidade. Ela relata mudanças em sua rotina, como trocar as roupas e os tênis de seus filhos, adaptando-se às limitações impostas pela amputação.

 

Posicionamento das partes envolvidas

A Polícia Civil reforça que as diligências continuam. O Ministério Público, através da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Madureira e Jacarepaguá, ressalta que o segredo de justiça é determinado pelo Judiciário.

Já o Hospital da Mulher, pertencente ao grupo Notre Dame Intermédica, emitiu nota afirmando seu compromisso em oferecer a melhor assistência possível à Gleice e à sua recuperação, além de todo o suporte necessário para seu filho. No entanto, abstiveram-se de comentar sobre o processo devido ao seu status de segredo de justiça.

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