Padilha alerta sobre riscos de bebidas destiladas com tampa de rosca
Ministro afirma que latinhas e garrafas com tampa metálica são mais seguras diante dos casos de metanol
Por Plox
05/10/2025 09h23 - Atualizado há 3 dias
A declaração do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, feita neste sábado (4), trouxe um novo alerta à população diante da crescente onda de intoxicações por metanol no país.

Padilha explicou que, até o momento, não há qualquer indício de contaminação em bebidas enlatadas ou em garrafas com tampas metálicas, semelhantes às utilizadas em refrigerantes e cervejas. De acordo com ele, esses formatos de embalagem são considerados bem mais difíceis de serem adulterados ou violados sem deixar vestígios.
“Evitem, neste momento, o consumo de bebidas destiladas, principalmente as que vêm em garrafas com tampa de rosca. Todas as evidências até agora apontam para adulterações nesse tipo de embalagem. Já em latinhas ou em garrafas com tampas metálicas, como as de cerveja, isso não foi identificado”, afirmou o ministro.
'Latinhas e tampas metálicas são muito mais difíceis de adulterar e fechar novamente', afirmou Alexandre Padilha
O número de casos suspeitos e confirmados de intoxicação por metanol no Brasil subiu para 127, segundo dados encaminhados ao Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS) por estados e municípios. Desses, 11 casos já foram confirmados.
Doze estados relataram pelo menos um caso suspeito da substância tóxica, com destaque para São Paulo, que concentra a maior parte das notificações. Ao todo, foram registradas 12 mortes ligadas a esses casos. Apenas uma foi oficialmente confirmada — também em São Paulo. As outras 11 ainda estão em investigação: oito delas também em São Paulo, e as demais nos estados de Pernambuco, Bahia e Mato Grosso do Sul.
Diante do avanço da crise, o governo federal já iniciou a ampliação da compra de antídotos específicos para tratar intoxicações causadas pelo metanol, uma substância altamente tóxica, muitas vezes usada de forma criminosa para adulterar bebidas alcoólicas, especialmente destilados.
O Ministério da Saúde segue monitorando a situação em todo o país e reforça a recomendação para que a população fique atenta às embalagens e procedência das bebidas alcoólicas consumidas, priorizando produtos industrializados com sistemas de vedação seguros.
Com a investigação em andamento e os números em ascensão, autoridades mantêm o alerta para evitar o agravamento da crise de saúde pública desencadeada pelo consumo de produtos adulterados.