STF intima senadores Renan Calheiros, Braga e ministro do TCU a depor
Os mandados foram expedidos por determinação do ministro do Supremo Luiz Edson Fachin
Por Plox
05/11/2019 11h48 - Atualizado há mais de 5 anos
Na manhã desta terça-feira (5), a pedido do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), os senadores Eduardo Braga (MDB/AM), Renan Calheiros (MDB/AL), além do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo, foram intimados a depor.
Suspeita-se que a saída da Polícia Federal às ruas seria relacionada à estes depoimentos. A PF, por meio de nota, informou que “as ações atendem determinações do ministro Edson Fachin, que assina as ordens judiciais, e que não divulgará detalhes das medidas”. Portanto, não há como saber neste primeiro momento o teor dos depoimentos.
Foto: Agência Brasil
A assessoria de Renan informou que ele recebeu nesta manhã das mãos do delegado Bernardo Amaral - responsável pelo inquérito 4707, em trâmite no Supremo Tribunal Federação - a intimação. Os assessores do senador Renan Calheiros informaram por meio de nota que “o senador afirmou que está à disposição e que é o maior interessado no esclarecimento dos fatos”.
O senador Eduardo Braga pronunciou-se por meio de sua conta no Twitter, onde mostrou a intimação judicial recebida e chamou o documento de “agendamento de oitiva”. Falou que o mesmo documento foi recebido por ele e “por vários senadores”.
O senador ainda disse que “quaisquer outras informações que ultrapassem este agendamento trata-se de fakenews”. Eduardo finalizou o seu pronunciamento afirmando que “como sempre” permanece “à disposição da justiça e da verdade”.
A defesa do senador, por meio dos advogados José Alberto Simonetti e Fabiano Silveira, afirmou à “EBC” que “nenhuma medida de busca e apreensão foi realizada na residência ou em qualquer outro endereço do senador Eduardo Braga”. Segundo eles o senador já fez contato para ajustar ajustar a data do depoimento.
A defesa do ministro do TCU, Vital do Rêgo, por meio de nota, confirmou que o ministro recebeu a intimação, afirmou que o ministro não foi alvo de mandados de busca ou apreensão.
“A respeito de notícia que veicula suposta ‘operação’ tendo como um dos ‘alvos’ o ministro do TCU, a defesa esclarece que não houve, como se chegou a mencionar, mandados de busca ou apreensão. Houve, isto sim, uma solicitação para depoimento, o que não configura nenhuma medida extravagante ou derivada do que alguns setores costumam chamar de ‘operação’, apenas para impressionar a opinião pública", disse, em nota.