Enem celebra 25 anos como vetor de inclusão e desafios educacionais
Exame nacional é palco de políticas de democratização do ensino superior e enfrenta adaptações ao novo cenário educacional
Por Plox
05/11/2023 09h46 - Atualizado há cerca de 1 ano
O Enem, que há 25 anos surgia para avaliar a educação média no país, hoje se destaca como o principal meio de acesso ao ensino superior, contando com mais de 3,9 milhões de candidatos. Seu crescimento está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento de programas como Sisu, ProUni e Fies, e à implementação da Lei de Cotas.
Desafios Atuais O exame deste ano traz como desafio a adaptação às mudanças do novo ensino médio e o objetivo de retomar o número de inscritos, que havia declinado nos anos anteriores. As estatísticas revelam um público majoritariamente feminino e evidenciam a importância das políticas de isenção de taxas, essenciais para a inclusão de estudantes de baixa renda.
Evolução e Impacto Social Desde a sua concepção em 1998, o Enem evoluiu de um simples teste para um mecanismo complexo de seleção. A prova atual, com 180 questões e uma redação, se tornou um divisor de águas no acesso à educação superior, principalmente após a adoção do sistema TRI e a abertura para candidatos disputarem vagas em diversas instituições com uma única inscrição. A aceitação do Enem por instituições portuguesas e a criação do Fies complementam o cenário de expansão e impacto do exame.
Visão dos Especialistas Mateus Prado, especialista em Enem, e a professora Silvia Aparecida de Sousa Fernandes, da Unesp, ressaltam o papel das políticas associadas ao Enem na democratização do acesso à educação. Eles apontam a Lei de Cotas como uma virada no ingresso às universidades, considerando não apenas o mérito individual, mas também a condição social e a pertença a grupos historicamente marginalizados.