Trump e Kamala Harris empatam na primeira urna apurada das eleições dos EUA
Comunidade de Dixville Notch, conhecida por abrir a votação nos EUA, registra empate entre os candidatos na primeira apuração desta terça-feira (5).
Por Plox
05/11/2024 07h54 - Atualizado há cerca de 1 mês
Em meio à disputa acirrada nas eleições presidenciais dos Estados Unidos nesta terça-feira (5), Donald Trump, do Partido Republicano, e Kamala Harris, do Partido Democrata, empataram na primeira urna apurada. Cada candidato recebeu três votos na comunidade de Dixville Notch, em New Hampshire, que tradicionalmente é a primeira a votar no dia oficial das eleições.
Dixville Notch, uma pequena comunidade com poucos eleitores, inicia a contagem logo após a meia-noite. Nesta eleição, a apuração dos votos foi concluída em apenas 12 minutos. Apesar de a maioria dos eleitores da região estar registrada como republicana, nas eleições anteriores, todos os votos foram para o democrata Joe Biden. A votação na localidade, porém, é considerada mais simbólica do que decisiva, dado o número reduzido de eleitores.
Entendendo o sistema de Colégio Eleitoral dos EUA
Diferentemente do sistema eleitoral brasileiro, o modelo dos Estados Unidos é indireto. Cada estado possui um número de delegados proporcional à sua população, somando ao todo 538 delegados no Colégio Eleitoral. Para vencer, o candidato precisa obter a maioria dos votos desses delegados, que representam o resultado de cada estado individualmente.
No sistema americano, o candidato que obtém mais votos populares em um estado ganha todos os delegados daquele estado, o que pode resultar em um cenário em que o vencedor no Colégio Eleitoral não necessariamente tenha a maioria dos votos totais no país. "A eleição nos EUA é definida pelo Colégio Eleitoral e, assim, é possível vencer no total de votos, mas perder no Colégio Eleitoral", explica Mario Schettino, cientista político e professor de Relações Internacionais do Ibmec-BH.
Estados decisivos na disputa
Os estados de Wisconsin, Minnesota e Pensilvânia são considerados cruciais para o resultado desta eleição. "Esses estados, antes predominantemente democratas, passaram a se tornar disputados devido à desindustrialização e ao fortalecimento de discursos nacionalistas republicanos", observa Schettino. A mudança no perfil econômico e político dessas regiões torna o resultado desses estados imprevisível e decisivo para a eleição.