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Censo 2022: número de casais sem filhos quase dobra em 20 anos

Levantamento revela que lares com casais sem filhos superaram, pela primeira vez, casais com crianças; destaque para aumento de mães solo e mudanças regionais.

05/11/2025 às 11:20 por Redação Plox

Pela primeira vez, casais com crianças deixaram de ser a maioria entre as famílias brasileiras. Segundo o Censo Demográfico 2022: Nupcialidade e Família, divulgado nesta quarta-feira (5/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), famílias formadas por casais sem filhos foram o grupo que mais cresceu no país nas últimas duas décadas.

Pela primeira vez, a quantidade de casais com filhos corresponde a menos da metade das famílias do país

Pela primeira vez, a quantidade de casais com filhos corresponde a menos da metade das famílias do país

Foto: Reprodução/Freepik

Casais sem filhos lideram crescimento

De acordo com os dados, o percentual de casais com filhos caiu de 56,4% para 42% entre 2000 e 2022. No mesmo período, a parcela de casais sem filhos quase dobrou, avançando de 13% para 24,1%. Isso representa uma alta de aproximadamente 85% em 22 anos.

Diferentes composições familiares pelo país

No Norte, famílias compostas por casais com filhos ainda prevalecem, refletindo as taxas de fecundidade historicamente mais altas na região. Famílias estendidas, com a presença de outros parentes sob o mesmo teto, também são mais frequentes nessa área do Brasil.

Já o Nordeste registra uma maior proporção de lares chefiados por mães solo, enquanto no Sul os casais sem filhos se tornaram mais comuns.

Mais lares chefiados por apenas um dos pais

O número de mulheres sem cônjuge e com filhos aumentou 16% de 2000 a 2022, passando de 11,6% para 13,5% do total de famílias — o que equivale a cerca de 7,8 milhões de lares no país. Atualmente, a maternidade solo está presente em 13,6% dos lares brasileiros, destacando uma transformação importante no perfil das famílias.

Entre os homens, pais sem cônjuge e com filhos também se tornaram mais frequentes. Esse grupo cresceu de 1,5% para 2% dos lares, somando 1,2 milhão de famílias, um salto de 33% em 22 anos.

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