Mangostim: A fruta exótica e premiada que conquista paladares pelo mundo
Demorando oito anos para frutificar e custando até R$200, o mangostim se destaca no cenário global por seu sabor único e propriedades benéficas.
Por Plox
05/12/2023 17h48 - Atualizado há 12 meses
O mangostim, uma fruta pouco conhecida no Brasil, ganhou o título de "melhor fruta do mundo" em uma votação realizada pelo site Taste Atlas. Segundo Urano de Carvalho, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, o mangostim possui um sabor adocicado e uma polpa cremosa com um leve toque de acidez. Carvalho descreve o sabor da fruta como único e inigualável, mencionando que a melhor forma de consumi-la é in natura.
Trajetória e Cultivo no Brasil O mangostim é originário do Arquipélago Malaio e chegou ao Brasil na década de 1930. As primeiras sementes, sem sucesso na Bahia, foram seguidas por uma remessa de 400 sementes para Belém, Pará, em 1942, onde 120 germinaram e 80 se tornaram árvores frutíferas. Atualmente, o Pará e a Bahia são os maiores produtores de mangostim no Brasil, seguidos por produções menores no Espírito Santo e no Vale do Ribeira, São Paulo.
Características Únicas e Preço Elevado O mangostim é uma planta que leva dois anos para crescer e oito anos para produzir frutos pela primeira vez, o que contribui para seu preço elevado. No Mercadão de São Paulo, uma caixa com 20 frutos de cerca de 50 gramas cada pode custar entre R$ 150 e R$ 200. No Pará, o mesmo volume sai por cerca de R$ 15, refletindo a lei da oferta e da procura.
Clima Ideal e Produção Sazonal Esta planta prefere climas quentes e úmidos, com temperaturas entre 25 e 28 graus Celsius e umidade relativa do ar superior a 75%. A irrigação na estação seca poderia tornar a produção do mangostim perene, como acontece com laranjas e bananas. As safras da Bahia e do Pará se alternam, garantindo disponibilidade da fruta em diferentes períodos do ano.
Benefícios para a Saúde e Reconhecimento Histórico O mangostim é cultivado sem a necessidade de agrotóxicos e sua casca é rica em xantonas, substâncias que reduzem os níveis de colesterol. A fruta também é conhecida historicamente como a "fruta da rainha", sendo favorita da rainha Vitória e, posteriormente, da rainha Elizabeth da Inglaterra. A princesa Diana também teria apreciado a fruta em uma visita ao Pará nos anos 80.