Caseiro e esposa matam médico em Minas e estão foragidos

O médico oftalmologista Paulo Francisco Corrêa de Barros, de 71 anos, foi brutalmente assassinado no sítio onde morava, em Inhapim, no Vale do Rio Doce, Minas Gerais. O crime ocorreu no dia 27 de outubro, mas o corpo foi encontrado pela Polícia Militar na manhã seguinte, após familiares acionarem as autoridades por não conseguirem contato com a vítima. O caseiro do imóvel, de 27 anos, e sua esposa, de 18, foram indiciados pelo homicídio, além de fraude processual, furto qualificado e porte ilegal de arma. Ambos permanecem foragidos.

Família acionou polícia após pedido de socorro
Na noite de 27 de outubro, o médico enviou uma mensagem de WhatsApp ao afilhado pedindo ajuda. Após essa comunicação, ele não respondeu a novas tentativas de contato. Preocupado, o afilhado relatou o caso à secretária do médico, que foi à Polícia Militar para registrar o desaparecimento. No dia seguinte, ao chegarem ao sítio, os policiais encontraram o idoso já sem vida, com sinais de agressão física e ferimentos por arma de fogo.

Execução violenta e participação da esposa do caseiro
Conforme a perícia da Polícia Civil de Minas Gerais, a vítima sofreu graves lesões na cabeça e foi atingida por dois disparos de arma de fogo: um na coxa e outro no tórax. A investigação concluiu que o idoso ainda estava debilitado pelos ferimentos quando recebeu o disparo fatal. A situação teria se agravado com a participação da esposa do caseiro, que desferiu socos, chutes e golpes de facão contra o médico.

Discussão e luta corporal antecederam o crime
A motivação do crime, segundo a polícia, foi uma discussão entre a vítima e o funcionário, que estava insatisfeito com as críticas ao seu desempenho. O médico, após sair de casa com uma arma de fogo, foi surpreendido pelo caseiro, e os dois entraram em luta corporal. O suspeito conseguiu desarmar o médico, e câmeras de segurança registraram um disparo, que pode ter ocorrido durante essa briga.

Ação premeditada e evidências registradas
A investigação aponta que, durante o ataque, a esposa do caseiro desligou a energia elétrica da propriedade, dificultando qualquer tentativa de defesa ou pedido de socorro por parte da vítima. As imagens das câmeras de segurança também mostram o momento em que o suspeito apontou a arma para o médico e, posteriormente, o casal fugindo do local.

Pedidos de prisão preventiva
Com base nas evidências e depoimentos, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva dos dois suspeitos. Apesar de buscas realizadas pela polícia, até o momento, o casal permanece foragido.