Mercado é criticado por Tebet e Lula durante evento no Mato Grosso do Sul
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, criticou duramente a postura do mercado financeiro e reafirmou apoio à reeleição de Lula. Presidente também ironizou rejeição por parte de investidores.
Por Plox
05/12/2024 17h37 - Atualizado há 6 dias
Durante a inauguração de uma fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, manifestou indignação com o mercado financeiro, que classificou o governo Lula como "ruim" em 90% em uma pesquisa realizada pela Quaest. Segundo Tebet, tal postura é uma afronta às conquistas sociais do atual governo.
“Eu não posso acreditar que, tendo tirado 3 milhões de pessoas da extrema pobreza e dado dignidade a outras 8 milhões, um governo seja avaliado tão negativamente. Isto não é imparcialidade, isto é jogar contra o país. E quem joga contra o país quer ajudar a afundar o país”, afirmou a ministra.
Apoio à reeleição de Lula
No mesmo evento, Tebet destacou o impacto positivo do governo Lula no Mato Grosso do Sul, mencionando que, durante seus mandatos, três fábricas de celulose foram inauguradas no Estado. Ela declarou apoio à possível candidatura do presidente em 2026: “se precisar do Lula 4, o senhor vai ser eleito para ajudar o Mato Grosso do Sul”.
Lula ironiza rejeição do mercado
Em sua fala, o presidente Lula também abordou a rejeição do mercado financeiro. Ele ironizou o levantamento, afirmando que “já ganhei 10%, porque nas eleições eles eram 100% contra”.
Casa Civil reforça críticas ao setor financeiro
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também participou do evento e reiterou as críticas ao mercado, destacando a desconexão entre os agentes financeiros e a "economia real".
“Aqui estão as pessoas: gestores, proprietários, gerentes, trabalhadores da produção. Que, com o seu trabalho e inteligência, ajudam a construir a economia real do Brasil”, afirmou Rui Costa.
Impacto do pacote fiscal eleva tensões
O descontentamento do mercado com o governo aumentou na última semana, após a apresentação do pacote fiscal pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Entre os pontos mais polêmicos, estão a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil e a taxação para rendimentos acima de R$ 50 mil, medidas que foram consideradas insuficientes pelos agentes financeiros para promover um ajuste fiscal eficiente.