Política

Moraes endurece regras de visitas a Bolsonaro na PF em Brasília

Ministro do STF restringe acesso ao ex-presidente, impõe cadastro prévio de visitantes, limita dias e horários e exige relatório semanal de visitas à Corte

05/12/2025 às 15:31 por Redação Plox

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), endureceu as regras para visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília (DF).

Entre as novas determinações, Moraes exige que todos os interessados em visitar o ex-mandatário estejam previamente cadastrados no sistema da Superintendência da PF. Além disso, cada visitante deverá ter uma autorização expressa de Bolsonaro para solicitar o encontro. Somente os pedidos que atenderem a esses dois critérios serão analisados pelas autoridades.

O ministro Alexandre de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes

Foto: Luiz Silveira/STF


O ministro também ordenou que a Polícia Federal mantenha um relatório detalhado de todas as visitas recebidas, com registros de horários de entrada e saída. Esses documentos deverão ser enviados ao STF em base semanal.

Restrições internas e dias permitidos para visitas

Moraes reforçou a necessidade de que os visitantes respeitem as normas internas da Superintendência da PF, que estabelecem restrições sobre vestuário, objetos permitidos e conduta durante os encontros.

Conforme já noticiado, as visitas a Bolsonaro devem ocorrer exclusivamente às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h. É autorizada a entrada de até dois visitantes por dia, em horários distintos, exceto no caso de menores de idade, que precisam estar acompanhados. Cada visita pode durar no máximo 30 minutos.

Condenação e situação atual de Bolsonaro

Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão em uma cela da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A condenação foi imposta pela Primeira Turma do STF pelos crimes de organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

O ex-presidente nega ter cometido os crimes e afirma ser vítima de perseguição política, mantendo o discurso de que não participou dos atos pelos quais foi responsabilizado.

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