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Saúde
Café reduz envelhecimento celular, indica estudo
Estudo observacional com 436 adultos indica que beber de três a quatro xícaras de café por dia está associado a telômeros mais longos e possível atraso de até cinco anos em processos biológicos, mas pesquisadores pedem cautela e novos ensaios controlados
05/12/2025 às 10:33por Redação Plox
05/12/2025 às 10:33
— por Redação Plox
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A receita para manter as células jovens por mais tempo pode incluir uma boa xícara de café todos os dias. Não apenas uma, mas várias. A relação entre o envelhecimento celular e a bebida foi apontada em uma pesquisa de psiquiatras ingleses e noruegueses, publicada em 25 de novembro no periódico BMJ Mental Health.
Os pesquisadores avaliaram como o consumo de café impactava pessoas com transtornos mentais graves, grupo que costuma apresentar telômeros — as extremidades dos cromossomos — mais curtos e desgastados em comparação à população em geral.
Estudo aponta que o consumo de café pode aumentar o comprimento dos telômeros e retardar o envelhecimento biológico em pessoas com transtornos mentais
Foto: Reprodução/Freepik
Consumo moderado de café e telômeros mais longos
De acordo com o estudo, voluntários que tomavam de três a quatro xícaras de café por dia tinham telômeros mais longos e marcadores de envelhecimento celular menores do que participantes que consumiam a bebida em excesso ou que a evitavam.
O trabalho indica que esse consumo moderado pode retardar processos biológicos em cerca de cinco anos em comparação a pessoas que não bebiam café. Já a ingestão acima de quatro xícaras diárias não trouxe benefícios e pode ter até acelerado danos celulares.
Os autores apontam que propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do café podem ajudar a explicar as diferenças observadas entre os grupos.
Os telômeros são altamente sensíveis tanto ao estresse oxidativo quanto à inflamação, o que destaca ainda mais como a ingestão de café pode ajudar a preservar o envelhecimento celular em uma população cuja fisiopatologia pode estar predispondo-a a uma taxa acelerada de envelhecimento.
Autores do estudo publicado no BMJ Mental Health
Quem participou da pesquisa
A pesquisa envolveu 436 adultos acompanhados entre 2007 e 2018, todos com transtornos como psicose, esquizofrenia e transtorno bipolar. Os participantes relataram a ingestão diária de café e foram divididos em grupos que variavam de zero a cinco ou mais xícaras por dia.
Autoridades internacionais de saúde, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, recomendam manter a ingestão diária de cafeína em até 400 mg por dia, o equivalente a cerca de 800 ml de café coado.
Limitações e próximos passos
Os autores ressaltam que se trata de um estudo observacional, ou seja, ele não demonstra uma relação de causa e efeito entre o consumo de café e o envelhecimento celular.
Além disso, detalhes como tipo de café consumido, horário de ingestão e teor exato de cafeína não foram registrados, o que, segundo os pesquisadores, exige novas investigações com métodos mais controlados para confirmar e aprofundar esses achados.
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