Economia

Dólar recua e Ibovespa renova recordes em meio à expectativa por novos cortes de juros nos EUA

Moeda americana cai para perto de R$ 5,31 e acumula queda de 14,07% em 2025, enquanto Ibovespa sobe 36,73% no ano; no Brasil, Congresso aprova LDO de 2026 e impõe cronograma para pagamento de emendas

05/12/2025 às 09:54 por Redação Plox

O dólar operava em leve queda na manhã desta sexta-feira (5/12), no último pregão da semana, em um cenário em que as atenções dos investidores estão totalmente voltadas para a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos.

O principal destaque da agenda econômica é a divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), indicador preferido do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, para monitorar a inflação e embasar as decisões de política monetária.


Na sessão anterior, o dólar recuou 0,04%, fechando a R$ 5,31. Já o Ibovespa avançou 1,67%, aos 164,4 mil pontos, e renovou o recorde histórico

Na sessão anterior, o dólar recuou 0,04%, fechando a R$ 5,31. Já o Ibovespa avançou 1,67%, aos 164,4 mil pontos, e renovou o recorde histórico

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Dólar recua e acumula perdas no mês e no ano

Às 9h15, a moeda norte-americana registrava queda de 0,05%, negociada a R$ 5,308, movimento próximo à estabilidade.

Na véspera, o dólar encerrou a sessão em baixa de 0,04%, cotado a R$ 5,31.

Com esse desempenho, a moeda dos Estados Unidos acumula perdas de 0,46% em dezembro e de 14,07% frente ao real em 2025.

Ibovespa renova recordes e segue em alta no ano

As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), têm início às 10h.

No pregão anterior, o índice fechou em alta de 1,67%, aos 164,4 mil pontos, alcançando seu terceiro recorde consecutivo de fechamento.

Com isso, a Bolsa brasileira acumula valorização de 3,39% no mês e de 36,73% no ano.

Mercado monitora inflação e juros nos Estados Unidos

O foco dos investidores permanece na definição da taxa de juros da maior economia do mundo pelo Banco Central dos EUA.

Atualmente, os juros norte-americanos estão no intervalo entre 3,75% e 4% ao ano, após uma redução de 0,25 ponto percentual na última reunião do Fed. A maior parte dos analistas do mercado projeta mais um corte de juros até o fim de 2025.

De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, a probabilidade de um novo corte de 0,25 ponto percentual é de 87,2%. Já 12,8% dos investidores apostam na manutenção das taxas no nível atual. A próxima reunião do Fed está marcada para os dias 9 e 10 de dezembro.

A taxa básica de juros é o principal instrumento de que dispõem os bancos centrais para controlar a inflação. Quando os juros são mantidos em patamar elevado, a intenção é esfriar a demanda, o que tende a conter a pressão sobre os preços, já que o crédito fica mais caro e a poupança se torna mais atrativa. Esse movimento, porém, também pode desacelerar a atividade econômica.

Congresso aprova LDO com obrigação de pagamento de emendas

No Brasil, o Congresso Nacional aprovou, na quinta-feira (4/12), o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. O parecer, que obriga o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a pagar a maior parte das emendas até a metade do ano eleitoral, foi aprovado em votação simbólica.

Pelo texto, o governo terá de quitar 65% das emendas obrigatórias ainda no primeiro semestre, ou seja, até julho, o que corresponde a cerca de R$ 13 bilhões. As emendas obrigatórias são as individuais, de bancada e Pix.

A LDO reúne as diretrizes e regras que orientam como o Governo Federal deverá executar o Orçamento do ano seguinte. A proposta é enviada pelo Palácio do Planalto, geralmente no primeiro trimestre do ano anterior ao qual se refere, e precisa ser apreciada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e, em seguida, votada pelo Congresso Nacional.

O relatório do deputado federal Gervásio Maia (PSB-PB) estabeleceu um cronograma para a execução de 65% dos recursos impositivos — aqueles que o Palácio do Planalto é obrigado a pagar — indicados por parlamentares até julho de 2026. A regra vale para emendas individuais e de bancadas estaduais, ficando de fora as emendas de comissão.

O calendário de liberação das emendas foi um dos principais pontos de atrito entre o governo e o Congresso, o que levou ao adiamento da votação por quase cinco meses. O relatório de Maia foi aprovado na Comissão Mista de Orçamento na quarta-feira (3/12), antes de seguir para o plenário.

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