Polícia

Quem é a diretora acusada de sufocar e agredir crianças em creche no RJ

Coordenadora de creche particular em Copacabana é presa preventivamente pela DCAV, suspeita de torturar ao menos quatro crianças; outras seis funcionárias que sabiam das agressões também foram indiciadas

05/12/2025 às 08:57 por Redação Plox

Daniela de Oliveira Bispo, funcionária de uma creche particular em Copacabana, foi presa preventivamente nesta quinta-feira (4/12) pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). Ela é acusada de torturar ao menos quatro crianças de 4 a 6 anos.


De acordo com a Polícia Civil, ela não ofereceu resistência à prisão e será levada ao sistema penitenciário, ficando à disposição da Justiça

De acordo com a Polícia Civil, ela não ofereceu resistência à prisão e será levada ao sistema penitenciário, ficando à disposição da Justiça

Foto: Reprodução/PCERJ

A ordem judicial foi cumprida diretamente na creche onde Daniela trabalhava atualmente, no Méier.Segundo a Polícia Civil, ela não resistiu à prisão e será encaminhada ao sistema penitenciário, ficando à disposição da Justiça.

Denúncia de mãe deu início ao caso

A investigação começou após a denúncia de uma mãe, que relatou que o filho teria sido agredido e sufocado pela coordenadora durante a alimentação. A partir desse primeiro depoimento, outras responsáveis procuraram a polícia e narraram episódios semelhantes, descrevendo puxões de cabelo, tapas, sufocamento, constrangimentos e o isolamento de crianças em uma sala usada como forma de castigo.

A DCAV identificou quatro vítimas diretas e seis funcionárias que, de acordo com a investigação, tinham conhecimento das agressões e também foram indiciadas.

Crianças desenvolveram medo e resistência à escola

Os investigadores apontam que as agressões teriam começado em 2024. As crianças passaram a manifestar medo da coordenadora, resistência em entrar na escola e recusa frequente de alimentos, comportamento que levou alguns responsáveis a suspeitarem de maus-tratos.

Com base em depoimentos e demais elementos de prova, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva de Daniela Bispo, que foi autorizada pelo Poder Judiciário.

Acusação de tortura qualificada

Daniela responderá pelo crime de tortura qualificada, cuja pena pode chegar a até oito anos de prisão, podendo ser aumentada em razão de agravantes relacionados a vítimas consideradas vulneráveis.

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