Polícia

PF prende assessor financeiro acusado de desviar R$ 11 milhões de clientes em MG

Operação Stop Loss levou à prisão de Frederico Goz Biagi em Poços de Caldas e cumpriu mandados de busca em SP e RJ; suspeito prometia altos rendimentos, mas usava recursos para benefício próprio e day trade

05/12/2025 às 08:40 por Redação Plox

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (4) um assessor financeiro acusado de desviar pelo menos R$ 11 milhões de clientes, em uma operação que mobilizou forças policiais em três estados. Batizada de Operação Stop Loss, a ação cumpriu um mandado de prisão em Poços de Caldas (MG) e três mandados de busca e apreensão em Ribeirão Preto (SP), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

Segundo a corporação, em maio de 2023 Biagi abriu uma empresa de investimentos e, a partir desse momento, teria aumentado os desvios. Ele é suspeito de usar a função de assessor financeiro e, simultaneamente, a posição de sócio da empresa para ampliar o controle sobre o dinheiro dos clientes

Segundo a corporação, em maio de 2023 Biagi abriu uma empresa de investimentos e, a partir desse momento, teria aumentado os desvios. Ele é suspeito de usar a função de assessor financeiro e, simultaneamente, a posição de sócio da empresa para ampliar o controle sobre o dinheiro dos clientes


Segundo a PF, o investigado, Frederico Goz Biagi, atuou entre 2020 e 2023 em um escritório de assessoria de investimentos, período em que captava recursos de terceiros com a promessa de altos rendimentos. As investigações apontam, porém, que o dinheiro era usado para benefício próprio e em operações de day trade, o que teria resultado na perda dos valores aplicados pelos clientes.

PF aponta ampliação dos desvios e uso de empresa de investimentos

De acordo com a corporação, em maio de 2023 Biagi abriu uma empresa de investimentos e, a partir daí, teria ampliado os desvios. Ele é suspeito de se aproveitar da posição de assessor financeiro e, ao mesmo tempo, de sócio da empresa para ter maior controle sobre os recursos dos clientes.

O preso se valeu da posição de assessor financeiro e, simultaneamente, de sócio da empresa, para desviar recursos da conta de investimento mantida na corretora, sem o conhecimento dos demais sóciosPolícia Federal

Além do desvio de valores, o suspeito é acusado de divulgar informações falsas sobre rendimentos, que teriam sido usadas em declarações à Receita Federal, levando vítimas a recolherem tributos de forma indevida.

A defesa de Biagi informou que não irá se manifestar sobre o caso.

Crimes investigados e penas previstas

O investigado deve responder por uma série de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, entre eles gestão fraudulenta, apropriação de recursos de investidores, manutenção de clientes em erro por omissão ou falsidade, fraude à fiscalização com inserção de dados falsos, adulteração de demonstrativos contábeis e contabilidade paralela.

Somadas, as penas previstas podem chegar a 37 anos de reclusão, conforme a tipificação dos crimes apontados pela PF.

Investigações seguem para identificar vítimas e possíveis comparsas

A Polícia Federal informou que as investigações irão continuar para apurar a eventual participação de comparsas e identificar todas as vítimas que tiveram recursos desviados no esquema.

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