Nesta quinta-feira (4), o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) reagiu, durante sessão da CPMI do INSS, às acusações que apontam supostos repasses de dinheiro ao filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. O parlamentar afirmou que pretende acionar as esferas criminal e civil contra quem repetir a ligação entre o filho do presidente e o esquema investigado, sem apresentar provas.

Pimenta reage a acusações na CPMI

Ao se manifestar na comissão, Pimenta acusou opositores de espalhar informações falsas e cobrou a apresentação de evidências que sustentem as suspeitas. Ele destacou que, em sua avaliação, não há qualquer elemento que associe Lulinha ao escândalo do INSS investigado no Congresso.

Eu alerto que vão responder criminalmente, civilmente, cada acusação sem prova que fizerem aqui e em qualquer outro lugar contra o Sr. Fábio ou qualquer outra pessoa. Eu desafio os parlamentares que falaram até agora, Sr. Presidente, que apresentem aqui um documento da CPI. Que apresentem aqui uma prova do que disseram

Paulo Pimenta

O deputado também criticou o uso, por parte da oposição, de relatos de um depoente que é investigado por outros crimes. Segundo Pimenta, esse testemunho não teria relação com o objeto da CPMI e não apresentaria qualquer comprovação material.

Ele afirmou que alguns parlamentares estariam utilizando a comissão como palco político e repetiu que não há, na investigação sobre o INSS, ligação comprovada com a denúncia envolvendo o filho do presidente Lula.

Questionamentos sobre depoente e provas

Na sessão, Pimenta voltou a desafiar os integrantes da CPMI a apresentar documentos que sustentem as acusações. De acordo com o deputado, não foi demonstrado que Fábio Luís tenha recebido valores relacionados a descontos associativos, ao INSS ou a qualquer outro tema ligado ao escândalo investigado.

A denúncia citada pela oposição partiu de um ex-funcionário de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS. Em depoimento à Polícia Federal, esse ex-funcionário afirmou que Lulinha teria recebido uma mesada mensal de R$ 300 mil e um repasse de R$ 25 milhões. O depoente, porém, não apresentou documentos que comprovem os valores, e a convocação de Fábio Luís pela CPMI foi rejeitada por 19 votos a 12.