A partir deste sábado (6), a pista expressa da rodovia Presidente Dutra passa a operar com pórticos de pedágio free flow na região metropolitana de São Paulo. Com o novo sistema eletrônico, a cobrança passa a ser proporcional ao trecho rodado, sem a necessidade de praças físicas. Ao todo, são 21 pontos de leitura entre o km 204, em Arujá, e o km 231, na Marginal Tietê.

A mudança atinge o trecho antes considerado urbano da Dutra, entre São Paulo e Arujá, que não tinha pedágio. Agora, quem utiliza a pista expressa paga conforme a distância percorrida, enquanto a pista marginal segue liberada, sem cobrança.

Segundo a concessionária CCR, responsável pela via, a implantação do free flow nesse segmento faz parte do contrato de concessão, que abrange do km 231, em São Paulo, ao km 204, em Arujá.

Como funciona a cobrança no sistema free flow

O sistema eletrônico identifica o veículo por meio da placa ou da tag instalada no para-brisa e registra a passagem pelos pórticos, calculando o valor de acordo com o percurso efetivamente realizado na pista expressa.

Os pórticos estão posicionados nos acessos à pista expressa. Quem circula apenas pela pista marginal da Dutra, entre São Paulo e Guarulhos, não paga pedágio pelo free flow.

No caso de motoristas que saem de Arujá em direção à capital pela Dutra, a cobrança ocorre apenas na praça da CCR localizada no km 204. A passagem pelos pórticos do free flow não gera nova cobrança por um período de até duas horas, tanto na ida quanto na volta.

Para quem parte de Arujá com destino ao aeroporto de Guarulhos, também não há cobrança adicional pelo free flow, já que o pedágio é pago na cancela. No sentido oposto, o pagamento é feito apenas na praça de pedágio.

Impacto para moradores de Arujá e região

Para os moradores de Arujá, a principal mudança é a cobrança no deslocamento até Guarulhos, o aeroporto ou a capital pela pista expressa da Dutra, trajeto que antes era gratuito. O uso da pista marginal, porém, continua sem tarifa.

De acordo com a CCR, veículos com tag têm desconto de 5%, com a cobrança lançada automaticamente na fatura. Quem não possui tag deve quitar o pedágio em até 30 dias, pelo site ou aplicativo da concessionária.

Também é possível pagar em totens instalados nas bases da empresa em São Paulo e Arujá, além do posto localizado no km 210, sentido capital.

Objetivo do novo sistema no trecho urbano

A concessionária afirma que o free flow foi adotado para reorganizar o tráfego no trecho urbano da Dutra e melhorar a fluidez na pista expressa, especialmente para viagens de longa distância.

No objetivo de preservar a garantia de fluidez da pista expressa em um deslocamento de longa distância e também pra servir como uma opção de acesso mais rápida pra quem precisar no deslocamento desse momento.

Rodolfo Borrel, gestor de operações da RioSP

Antes da entrada em operação do sistema, a CCR realizou obras de melhoria na rodovia e em seus acessos, incluindo a criação de novo acesso à pista expressa para motoristas vindos de Guarulhos.

Valores por trajeto e tipos de veículos

Segundo a CCR, motoristas que saem de São Paulo e acessam a pista expressa no km 228,850 passam pelos pórticos e pagam a tarifa de acordo com o destino.

Para quem usa a pista expressa a partir desse ponto, os valores informados pela concessionária são:

Acesso e valor do pedágio (veículo leve de passeio):

• Rodovia Fernão Dias: R$ 0,25
• Avenida Tiradentes: R$ 0,52
• Bairro Bonsucesso: R$ 1,44
• Bairro Pimentas: R$ 2,69
• Jardim Aracilia: R$ 2,82
• Aeroporto de Guarulhos: R$ 1,37
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Motocicletas pagam meia tarifa. Veículos leves de passeio pagam uma tarifa. Veículos de dois e três eixos pagam o equivalente a duas tarifas, enquanto veículos comerciais com quatro ou mais eixos pagam quatro tarifas.

O valor varia conforme o horário do dia: em períodos de pico, a cobrança é maior, com o objetivo de proteger o fluxo de longa distância e manter a fluidez na Dutra.

A concessionária reforça que, ao optar pela pista marginal em vez da expressa, o motorista fica isento do pedágio nesse trecho.

Concessão e investimentos na Dutra

O leilão que definiu a concessão da Dutra e a cobrança de pedágio nesse segmento foi realizado em outubro de 2021. O grupo CCR S.A venceu a disputa ao oferecer outorga de R$ 1,77 bilhão.

Para viabilizar a cobrança em um trecho que por décadas teve tráfego gratuito e congestionado, a empresa executou uma série de intervenções na rodovia e em seus acessos.

Entre as obras realizadas, estão:

• Ampliação da pista expressa para três faixas por sentido entre a rodovia Hélio Smidt e a chegada à capital paulista;
• Novo viaduto de acesso ao Aeroporto de Guarulhos, reduzindo o tempo de chegada;
• Nova ligação com o viaduto do Tatuapé, facilitando o acesso à zona leste de São Paulo;
• Três novos viadutos de conexão entre a Dutra e a rodovia Fernão Dias, ampliando a fluidez e o acesso rápido;
• Novo dispositivo de retorno na região da Jacu Pêssego, no km 213 da Dutra, oferecendo opção adicional de retorno e melhorando o tráfego na região e no trevo de Bonsucesso;
• Readequação de 27 passarelas e implantação de nova iluminação, com foco em mais segurança para motoristas e pedestres.

O motorista que sai de São Paulo pela pista marginal da Dutra pode optar por acessar a pista expressa no km 228,850, passando então a ser tarifado pelo sistema free flow conforme o percurso.