A cantora Simony, de 49 anos, compartilhou nesta quinta-feira (4) um relato emocionado sobre a importância de manter os exames em dia após quase três anos de remissão de um câncer de intestino. Nas redes sociais, ela descreveu a tensão em torno do Pet Scan, exame de imagem usado no acompanhamento da doença, e celebrou o novo resultado negativo.

Artista relata tensão e cansaço emocional com o exame

Ao falar sobre o Pet Scan, Simony destacou que o maior peso do exame não é físico, mas emocional, especialmente para quem já enfrentou um diagnóstico de câncer e precisa encarar sucessivas reavaliações.

No depoimento, ela descreveu como, dias antes do exame, surgem a inquietação, as noites maldormidas e a mente mais agitada, embaladas pela memória do que já foi vivido durante o tratamento. Para a artista, o exame funciona como uma espécie de prova emocional e um reencontro com medos antigos.

Simony também contou que, na véspera, recorre à fé para atravessar esse período de ansiedade, encontrando na oração uma forma de se fortalecer antes do resultado. Ela associou o momento à sensação de enfrentar uma tempestade criada pela própria imaginação.

Resultado negativo renova sensação de alívio e gratidão

Após realizar o exame, a cantora relatou o alívio de receber, mais uma vez, um resultado que indica ausência da doença. Entre máquinas, salas frias e pensamentos confusos, ela descreveu esse desfecho como uma resposta de amor e proteção, que a faz acreditar que seu caminho ainda é “longo e bonito”.

Simony ressaltou que segue “zerada, inteira e viva”, no que considera o sentido mais bonito da palavra, reforçando a importância de valorizar cada etapa do processo após o câncer.

Em sua mensagem, a artista expressou gratidão a Deus, à família, aos filhos, à mãe, ao médico que a acompanha e à equipe de saúde, além de agradecer às pessoas que, mesmo à distância, dedicam orações e pensamentos positivos à sua recuperação.

Texto publicado por Simony na íntegra

Ao final da postagem, Simony disponibilizou um texto completo, em que detalha o impacto emocional do Pet Scan e a mistura de ansiedade, fé e alívio que envolve cada novo exame desde a remissão do câncer.

"Existe um exame que não pesa no corpo, mas pesa no coração: o PET-SCAN. Ele não dói na hora. Ele dói na espera. Quem faz pela primeira vez sente o impacto do desconhecido. Quem faz repetidamente aprende que a coragem também cansa mas não desiste. E eu aprendi isso na pele. Dias antes, já começa aquela inquietação silenciosa que ninguém vê. As noites ficam mais curtas, o sono mais leve, a cabeça mais barulhenta. Não porque exista um motivo real… Mas porque a memória do que já foi vivido nunca desaparece completamente. É uma espécie de teste emocional. Um mergulho para dentro. Um reencontro com todos os medos que a vida um dia me apresentou. E mesmo assim, na véspera, eu sempre paro. Respiro. E faço o que me sustenta: converso com Deus. É ali que encontro o fio que me segura antes da tempestade que só existe na minha imaginação. Hoje não foi diferente. Ansiedade, silêncio, aquele aperto no peito que a gente tenta disfarçar… Até que o momento chega e, como sempre, Deus chega junto. Porque o final desse percurso tem sido, repetidas vezes, uma resposta de amor. O tipo de resposta que acalma, que abraça, que confirma que meu caminho ainda é longo, bonito e protegido. E entre máquinas, salas frias e pensamentos confusos, vem o alívio: está tudo bem. Sou grata profundamente grata a Deus, que me cobre de proteção; à minha família, que é porto; aos meus filhos, que são força; à minha mãe, que é raiz; ao meu médico @drfernandomaluf e à equipe que me acompanham com humanidade e cuidado; e a cada pessoa que, mesmo de longe, dedica uma prece, uma palavra, uma intenção pela minha saúde. Hoje, mais uma vez, a luz venceu o medo. E eu sigo zerada. Sigo inteira. Sigo viva no sentido mais bonito dessa palavra."