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AMM aponta que 85 municípios mineiros perderão R$ 375 milhões em repasses; cidades do Vale do Aço estão inclusas
Dos municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço, apenas Ipatinga não será impactada com a decisão do TCU
06/01/2023 às 14:16por Redação Plox
06/01/2023 às 14:16
— por Redação Plox
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Na manhã de ontem (5), a Associação Mineira de Municípios (AMM) promoveu reunião virtual sobre os impactos no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), com a decisão normativa 201/2022 do TCU, em que o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu considerar o censo parcial realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.
Marcus Vinicius e representantes dos municípios se reuniram via ferramenta Zoom. Foto: AMM/Divulgação.
O encontro, conduzido pelo presidente da AMM e prefeito de Coronel Fabriciano, Dr. Marcos Vinicius, sobre o Censo do IBGE reuniu cerca de 200 participantes, entre prefeitos e procuradores das prefeituras mineiras. Na oportunidade, ficou definido que os municípios enviarão contestação ao Tribunal de Contas da União (TCU), até o dia 10 de janeiro de 2023.
O presidente da AMM e prefeito de Coronel Fabriciano, Dr. Marcos Vinicius, apontou que devido ao censo parcial, 85 municípios irão perder juntos, R$ 375.174.276,01 milhões.
“E ficarem atentos à contagem da população e ao trabalho do Censo, uma vez que os municípios podem ter perdas do Fundo de Participação de Municípios (FPM) em duas situações: aqueles que reduzirem o índice e os outros que não aumentarem (os índices). Nos dois casos, o município pode ter aumento no repasse do FPM se o índice estiver correto. E isso acontecerá se houver a conclusão do Censo e a correta contagem da população”, salientou o presidente da AMM.
Foto: Pedro Assunção / Comunicação AMM.
Marcus Vinicius defende que os números da população sejam revisados para que os municípios não saiam no prejuízo. “Nós também fomos a Brasília e conversamos com o IBGE sobre o perigo desta situação. Minas tem 85 municípios atingidos e o maior problema é que os gestores querem ação coletiva e tem que ser individual. Precisamos ter informações do IBGE de como serão compilados esses dados, pois não aceitaram as informações nem a ajuda de vários municípios”, disse.
A assessoria de Economia da AMM realizou um levantamento onde foi constatado que 85 municípios mineiros terão coeficientes reduzidos em 0,4 e 0,2. Ou seja, as cidades serão impactadas com uma redução de R$ 4.312 milhões no orçamento municipal.
A AMM salienta, ainda, que muitos municípios podem sofrer impactos com redução do FPM já no primeiro repasse, nesta terça-feira, dia 10 de janeiro, por isso é imprescindível enviar a contestação.
Conforme orientações da assessoria jurídica da AMM, a contestação é administrativa, uma vez que o TCU não levou em consideração a Lei Complementar (LC) 165/2019, que congela perdas de coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) até divulgação de novo Censo Demográfico, uma vez que o IBGE reconheceu que o Censo ainda não está concluído. “Não será discutido o real número populacional do município, porque essa responsabilidade não cabe ao TCU e, sim, ao IBGE”, frisou o assessor jurídico da AMM, Thiago Ferreira.
Coronel Fabriciano, Timóteo, Santana do Paraíso, Belo Oriente, Caratinga, Ipaba, Inhapim, Tarumirim e Nova Era são algumas da cidades afetadas e que perderão recursos. Da Região Metropolitana do Vale do Aço, apenas Ipatinga não será impactada.
Entendo o caso
Os municípios brasileiros foram surpreendidos, na noite do dia 29 de dezembro, com decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que não considera a Lei Complementar (LC) 165/2019, que congela perdas de coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) até divulgação de novo Censo Demográfico. Sem concluir a contagem populacional, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entregou a prévia com estimativas ao TCU.
O Tribunal publicou a Decisão Normativa TCU 201/2022 que aprova, para o exercício de 2023, os coeficientes a serem utilizados no cálculo das quotas para a distribuição dos recursos previstos no artigo 159, da Constituição Federal, e da Reserva instituída pelo Decreto-Lei 1.881/1981, sem considerar o que dispõe a Lei Complementar 165/2019.
“Um censo baseado em resultados parciais de contagem populacional é inadmissível. Apresentamos ao TCU o pleito – aprovado em mobilização da CNM, feita pelos prefeitos – para que o Censo fosse publicado em 2023, com efeitos no FPM para 2024 e que para a estimativa a ser encaminhada ao TCU fosse usada a metodologia clássica e não a baseada em um Censo incompleto, sob pena de muitos municípios serem prejudicados”, explica o presidente da AMM, Dr. Marcos Vinicius.
Confira os municípios que perderam recursos
Dos 85 municípios, Chapada do Norte e Ubá terão uma redução de 0,4% no coeficiente do FPM, e perderão cerca de R$ 8,6 milhões cada cidade.
Os outros 83 terão uma redução de 0,2 no coeficiente do FPM, o que corresponde a uma perda de cerca de R$ 4,3 milhões para cada cidade. São eles: