Entidade que trata de dependentes químicos pede ajuda para concluir construção em Fabriciano

De acordo com o diretor e fundador, o espaço comporta 36 pessoas, porém, atende 18 internos, em função da exigência da Vigilância Sanitária, até que o espaço seja reformado

Por Plox

06/02/2019 16h57 - Atualizado há mais de 6 anos

Fundada em junho de 2007, a Comunidade Terapêutica Bálsamo de Gileade (Cotebalgi), tem como objetivo de acolher pessoas em situação de vulnerabilidade social – moradores de rua, portadores de distúrbios psíquicos, dependentes químicos, etc.  A entidade (centro de recuperação) foi criada em 1º de junho de 2007, em Timóteo-MG. Em função de problemas financeiros, a Cotebalgi migrou para Coronel Fabriciano, em fevereiro de 2014.

De acordo com o diretor e fundador da instituição, Ismael Vitor, o espaço comporta 36 pessoas, porém, atende 18 internos, em função da exigência da Vigilância Sanitária, até que o local seja reformado. Para que o espaço passe por manutenção, a entidade pede ajuda as pessoas para concluir a reforma e construção de outros espaços. A Cotebalgi é um órgão sem fins lucrativos e é mantida através de doações de igrejas, movimentos católicos e de pessoas da comunidade. No local, são realizados trabalhos evangelísticos que contam com o apoio de membros de instituições cristãs da cidade

9(Foto: Miguel Bráz)

 “A gente vê a felicidade estampada nos rostos deles [internos] igual no Natal. A gente correu atrás de fazer o Natal e ouvimos muitos deles falando que nunca tiveram o Natal como tiveram este ano [2018]. A rua não é lugar de ninguém morar, então pela felicidade de estar debaixo de um teto, ter um banho pra tomar, uma alimentação, e isso traz neles grande felicidade e além de aumentar a autoestima deles”, conta Ismael Vitor. O diretor ainda ressalta que a entidade tem parceiros que trabalham com projetos no local.

12(Foto: reprodução/ Plox)

INTERNOS

Atualmente, 18 pessoas estão instaladas na Cotebalgi. À reportagem do Plox, alguns relataram a situação em que viviam nas ruas, os vícios que tinham e, principalmente, a rejeição de algumas pessoas. Lucas César está na instituição há cerca de um mês e relata que conheceu o local por meio de parentes. “Isso aqui pra mim significa uma vida nova. A gente se encontrava no mundo das drogas e da bebida, então eu resolvi para começar uma vida nova. Os outros irmão que estão aqui, creio eu, que têm o mesmo propósito e “tamo” caminhando no dia a dia”, destaca. Lucas ainda conta que “pretende ficar no local até o final e sair uma pessoa transformada. 

11(Foto: reprodução/ Plox)

ARTESANATO
Alguns usuários da Cotebalgi também trabalham com a produção de artesanatos, os materiais recicláveis passam pelas mãos do internos e ganham novas formas. Coroas de bicicletas e motocicletas se resultam em lixeiras. Pedaços de pano, cimento molhado e tinta são transformados em vasos para plantas.

3(Foto: Miguel Bráz)

As casinhas feitas de madeira enfeitam uma mesa que fica na área onde são realizados os trabalhos evangélicos. Mas, para que tudo isso saia “quase perfeito” é preciso de muita dedicação, atenção e, principalmente, força de vontade. 

4(Foto: Miguel Bráz)

A ESTRUTURA
A estrutura do local, segundo a direção, não é das melhores. Conforme as doações [materiais de construção] que a Cotebalgi que vai recebendo da comunidade, as reformas vão sendo executadas. Na área de baixo do local, estão sendo construídos banheiros, sala de reunião, cozinha, varandas, área de lazer, tudo fruto de donativos. 

Para isso, a comunidade conta com as doações e pede ajuda para reestruturar o local.

2(Foto: Miguel Bráz)

BUSCA DE RECURSOS PARA A COTEBALGI
De acordo com a direção, os recursos para as melhorias da instituição estão sendo buscados. Os procedimentos para o cadastro no CAGEC (Cadastro Geral de Convenentes), órgão que tem o objetivo de possibilitar o controle da documentação apresentada pelas pessoas físicas ou jurídicas interessadas em estabelecer convênios com a Administração Pública Estadual) estão bem adiantados. A Cotebalgi já possui o título de utilidade púbica. 
Segundo o órgão, a direção recorreu a deputados da região e membros do legislativo para conseguir o título de utilidade pública. Em resposta enviada ao órgão foi orientado que "toda entidade que tenha por interesse receber recursos advindos do Governo do Estado de Minas Gerais, através da emenda parlamentar, é necessário que tenha toda sua documentação regularizada, e esteja em funcionamento contínuo e regular, sendo necessário constar em seu estatuto artigos 33,34 e 39 da Lei 13019 de 31 de julho de 2014 (MROSC), lá está contida as informações que as entidades precisam para adequar seus estatutos”. 

20190205 102102(Foto: Miguel Bráz)

COMO DOAR
Os interessados em fazer qualquer tipo de doação a instituição podem procurá-la, à rua Padre Américo Magalhães, número 2.432, no bairro Manoel Mia, em Coronel Fabriciano ou entrar em contato pelo número 31 9 99347-5253.

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