Cliente pede sushi 49 vezes, não paga e dá prejuízo de R$ 11 mil a restaurante

Golpista aplicou esquema de estelionato via Pix, causando prejuízo de R$ 11,4 mil a restaurante em São Paulo

Por Plox

06/02/2025 08h44 - Atualizado há cerca de 1 mês

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou um homem por estelionato qualificado após fraudar 49 pedidos de comida japonesa, totalizando um prejuízo de R$ 11.496,50 a um restaurante. O acusado utilizava um esquema de falsificação de comprovantes de transferência via Pix e cancelamento de pagamentos agendados antes da compensação, enganando o estabelecimento repetidamente.

Foto: Freeepik

Entre outubro de 2022 e fevereiro de 2023, o golpista enviava ao restaurante comprovantes falsificados, simulando o pagamento dos pedidos. Em alguns casos, ele agendava a transferência para o dia seguinte, mas, após receber a comida, cancelava a transação antes que o valor fosse debitado. Além de usar seu próprio celular, o criminoso utilizou o telefone da avó para realizar as compras fraudulentas.

Descoberta do golpe e investigação

O esquema foi descoberto quando o responsável pelo restaurante percebeu inconsistências no caixa e constatou que os valores supostamente pagos nunca haviam sido creditados. Após a denúncia, as autoridades iniciaram a investigação, reunindo provas que confirmaram a fraude.

Condenação e tentativa de defesa

O tribunal condenou o acusado a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto, além do pagamento de 17 dias-multa. A defesa tentou argumentar que o caso deveria ser classificado como furto privilegiado, alegando que o prejuízo era de pequeno valor. No entanto, a Justiça rejeitou essa tese, ressaltando que o montante representava cerca de metade do faturamento mensal do restaurante e que o réu já possuía antecedentes criminais.

Outro fator que pesou contra o acusado foi sua ausência durante o processo. Ele não compareceu à delegacia nem ao tribunal para se defender, o que, segundo a 9ª Câmara de Direito Criminal do TJSP, prejudicou ainda mais sua posição no julgamento.

A decisão reforça o rigor da Justiça contra fraudes desse tipo, especialmente diante da crescente utilização do Pix e das tentativas de burlar o sistema de pagamentos digitais.

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