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Saúde
Empresa de suplementos é multada por propaganda enganosa sobre tratamento de doenças
Fabricante promovia produto sem comprovação científica para miomas, endometriose e outras condições
06/02/2025 às 10:19por Redação Plox
06/02/2025 às 10:19
— por Redação Plox
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Uma empresa de suplementos alimentares foi multada em R$ 40,8 mil por divulgar informações enganosas sobre os efeitos terapêuticos de um de seus produtos. A punição foi aplicada pelo Procon do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), após constatar que a marca fazia promessas sem comprovação científica sobre o tratamento de doenças graves, como miomas, inflamação uterina, ovário policístico e endometriose.
Pixabay
Publicidade enganosa e público vulnerável
A empresa multada foi a Vitafenatus Comércio Online Eireli, responsável pelo suplemento inicialmente chamado Vita Baby, posteriormente renomeado para Vita Mamy. O produto era vendido em cápsulas e em gotas, e sua publicidade direcionava-se a mulheres em situação de vulnerabilidade, como aquelas que desejavam engravidar ou estavam em tratamento para doenças ginecológicas graves.
Segundo o Procon-MG, as propagandas afirmavam que o suplemento poderia ajudar a tratar obstrução nas trompas, histórico de aborto e endometriose, criando a falsa expectativa de que o produto substituiria procedimentos médicos. "Essas consumidoras eram induzidas ao erro por anúncios que prometiam resolver seus problemas de saúde sem necessidade de procedimentos cirúrgicos", informou o órgão.
Descumprimento de determinação da Anvisa
O problema não era novo. Em 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia emitido uma resolução proibindo a propaganda dos produtos da empresa, determinando que os fornecedores informassem claramente a ausência de comprovação científica sobre seus benefícios. No entanto, segundo o MPMG, a Vitafenatus ignorou a ordem e continuou veiculando anúncios enganosos.
Além disso, ao mudar o nome do suplemento de Vita Baby para Vita Mamy, a empresa tentou contornar a fiscalização, mantendo a estratégia publicitária enganosa.
Processo e penalidades aplicadas
Diante da reincidência, o Procon impôs uma medida cautelar para obrigar a empresa a informar os consumidores sobre a falta de comprovação científica dos efeitos terapêuticos do produto. Paralelamente, a Monetizze Impulsionadora de Vendas Online, que atuava como parceira na comercialização do suplemento, optou por firmar um acordo e pagar multa.
Já a Vitafenatus alegou que seu suplemento era um produto "100% natural", mas não apresentou nenhuma comprovação científica que sustentasse as alegações feitas na publicidade. Com isso, a decisão publicada em dezembro de 2024 determinou que a empresa pagasse a multa de R$ 40.800,00.
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.