Motorista de aplicativo admite que farelo de biscoito foi o motivo dele agredir idosa

Uma agressão chocante ocorrida em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, ganhou novos desdobramentos nesta quarta-feira (5), quando o motorista de aplicativo Lucas Felipe Carneiro, de 26 anos, prestou depoimento à polícia. Ele admitiu ter chutado uma passageira idosa, Maria de Fátima Silva Pires, de 68 anos, pelas costas. O motivo? Farelos de biscoito que caíram no banco do carro.

Confissão e justificativa

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Ângelo Lages, da 12ª DP, Lucas Felipe confessou o crime sem hesitação e explicou que se irritou com a sujeira deixada pelo lanche da passageira.

"De fato, ele confessou o crime e, para espanto nosso, o motivo realmente foi por conta de farelo de biscoito que haveria caído no banco. Ele desferiu esse chute de forma totalmente covarde nela, ela é uma senhora de 68 anos de idade e ele tem 26", declarou o delegado.

O agressor também alegou que faz tratamento psiquiátrico desde os 18 anos e toma remédios controlados. Segundo ele, sofre de crises de raiva e bipolaridade, o que teria contribuído para a perda de controle e consequente agressão.

O ataque registrado por câmeras

O episódio aconteceu no dia 29 de janeiro, quando Maria de Fátima voltava de uma consulta médica sobre um quadro de pneumonia. Assim que desceu do carro e caminhava para entrar no condomínio onde mora, foi surpreendida com um chute nas costas desferido pelo motorista, caindo no chão.

A vítima já havia relatado o momento da agressão em entrevista anterior:

"Eu vim comendo um biscoitinho. Quando parou no prédio, ele disse assim pra mim: 'Agora, você vai limpar o banco'. Nisso, eu fiquei impactada e não respondi. Eu saí e o que aconteceu: ele correu atrás de mim, me deu um chute nas costas e me jogou no chão. Eu já sou uma senhora e estou com meu lado direito comprometido, com muita dor", disse Maria de Fátima.

Consequências para o agressor

Após o depoimento, Lucas Felipe deixou a delegacia sem prestar declarações, acompanhado de duas advogadas. O motorista foi expulso da plataforma de transporte por aplicativo em que trabalhava e responderá pelo crime de lesão corporal leve.

Além desse caso, já havia um registro policial contra ele por adulteração de placa de veículo.

A vítima deverá passar por novos exames médicos até a conclusão do inquérito.