Oposição pressiona governo e exige esclarecimentos sobre gastos e atividades de Janja

A oposição na Câmara dos Deputados intensificou as investigações sobre a atuação da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja. O novo líder da bancada oposicionista, deputado Zucco (PL-RS), protocolou cinco requerimentos na quarta-feira (5), solicitando esclarecimentos ao governo sobre as atividades e os gastos da esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Questionamentos sobre gastos e representatividade

Os pedidos de informação encaminhados por Zucco miram, entre outros pontos, a condição funcional de Janja no Palácio do Planalto, as despesas com passagens e diárias em viagens internacionais e a legalidade de sua atuação em representações oficiais do Brasil. A oposição quer entender em que circunstâncias a primeira-dama substitui o presidente e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), além de questionar o sigilo sobre suas atividades.

O movimento faz parte do chamado “Pacote Anti-Janja”, direcionado a cinco ministérios estratégicos: Relações Exteriores, Fazenda, Planejamento, Casa Civil e Controladoria-Geral da União (CGU).

Críticas da oposição

Parlamentares oposicionistas têm criticado a forma como a primeira-dama se envolve na administração pública e os custos gerados por sua atuação. O vice-líder da Oposição, deputado Evair de Melo (PP-ES), afirmou que Janja se tornou símbolo de gastos elevados, incompatíveis com a realidade econômica da população.

“A figura da primeira-dama, que deveria simbolizar a dignidade e o compromisso com o povo, tem sido um símbolo de gastos exorbitantes e irresponsáveis. É lamentável que, enquanto muitos lutam para colocar comida na mesa, o Estado esteja arcando com despesas desnecessárias, como se essa farra não tivesse consequências para todos nós. É um desrespeito com cada brasileiro que se esforça para sobreviver em tempos difíceis”, declarou o parlamentar.

Estratégia política e próximos passos

A ofensiva contra Janja ocorre em um momento de forte embate entre governo e oposição no Congresso Nacional. A expectativa é que o governo responda formalmente aos requerimentos nas próximas semanas, enquanto os oposicionistas avaliam novas ações para pressionar o Palácio do Planalto.

O "Pacote Anti-Janja" pode abrir caminho para outros questionamentos sobre a participação da primeira-dama em atividades governamentais, ampliando o debate sobre sua influência na gestão de Lula.