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Saúde

Moradora do Vale do Aço recebe transplante de córnea no HMC

Ceratopatia bolhosa é uma doença que não tem cura nem tratamento medicamentoso

06/03/2023 às 20:04 por Redação Plox

A aposentada Ana Maria Marcial Maia, de 69 anos, foi a sexta moradora do Vale do Aço a realizar um transplante de córnea no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga. A cirurgia foi um sucesso e durou cerca de uma hora, segundo o médico oftalmologista Silas Machado Franco Júnior, que foi o responsável pelo procedimento cirúrgico. Ana Maria estava na fila para receber a doação de córnea há mais de quatro anos e finalmente recebeu a notícia tão aguardada. “Durante a cirurgia eu já estava enxergando as mãos do médico. Foi uma felicidade tremenda”, conta. 

Foto: Divulgação

 

A expectativa é de que a paciente retome de 70 a 90% da visão. Indicação Ana Maria foi diagnosticada com ceratopatia bolhosa há treze anos, uma doença que faz com que as pessoas percam progressivamente a visão na córnea. Há cerca de dois anos, ela passou a viver com menos de 10% da visão do olho direito e cerca de 30% do esquerdo. “Minha mãe já não saia sozinha, não conseguia ler, pegar um ônibus e realizar tarefas simples. Era necessário que a gente a acompanhasse em tudo”, conta a filha da aposentada, a empresária Renata Marcial Maia. 

Sem tratamentos medicamentosos ou cura, a ceratopatia bolhosa é uma das principais indicações para o transplante de córnea, assim como o ceratocone, ceratite, queimaduras químicas da córnea e distrofias do estroma da córnea (camada mais espessa da córnea, composto basicamente por fibras de colágeno e células). A doença A ceratopatia bolhosa é caracterizada pelo edema corneano estromal acompanhado de bolhas devido à perda de células e/ou alterações da junção endotelial.

Foto: Divulgação

 

A doença apresenta baixa acuidade visual devido à diminuição da transparência da córnea e pode estar acompanhada de sensação de corpo estranho, lacrimejamento e dor devido às alterações epiteliais, como a presença de bolhas íntegras ou rotas. A distrofia endotelial corneana de Fuchs, que foi o caso da paciente Ana, é uma doença genética que causa perda progressiva e bilateral das células endoteliais da córnea. 

O oftalmologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Silas Machado Franco Júnior, explica que o endotélio corneano é a camada mais interna da córnea. “Ele funciona como uma bomba dentro da córnea e sua função é bombear água para fora. Quando deixa de funcionar normalmente, ocorre inchaço, que faz com que a córnea perca a sua transparência normal. O resultado é uma visão turva”, detalha.

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