Fisiculturista pode ter Pena reduzida em BH por alegar problemas de Saúde Mental

Condenação anterior de mais de 40 anos anulada; réu alega semi-imputabilidade após assassinatos em 2019.

Por Plox

06/03/2024 10h03 - Atualizado há 7 meses

Na cidade de Belo Horizonte, um fisiculturista de 33 anos, acusado do assassinato de sua ex-companheira, Tereza Cristina Peres de Almeida, 44 anos, e do filho dela, Gabriel Peres, 22 anos, está sendo submetido a um segundo julgamento nesta quarta-feira, 6 de março. Após uma condenação inicial de 41 anos e 4 meses de reclusão, o tribunal optou pela anulação do veredicto devido à alegação de semi-imputabilidade por parte da defesa, argumentando que o réu, devido a condições de saúde mental, poderia não ter plena capacidade de entender a extensão de seus atos criminosos. O crime ocorreu em 2019, marcando a sociedade pela brutalidade e as circunstâncias em que foi cometido.

Foto: Fórum BH / Divulgação

Os homicídios aconteceram em 29 de julho de 2019, aproximadamente às 21h50min, quando as vítimas estavam saindo de uma academia localizada na Avenida Bernardo de Vasconcelos, bairro Ipiranga, região Noroeste da capital mineira. Segundo relatos, o acusado e a vítima mantinham um relacionamento marcado por conflitos, com Tereza Cristina tendo registrado queixas anteriores contra ele, além de possuir uma medida protetiva que buscava garantir sua segurança.

Thiago Cruz, advogado que representa a família das vítimas, expressou a expectativa de que, após diversos adiamentos solicitados pela defesa, o júri possa finalmente ser realizado e que se obtenha uma condenação próxima à sentença originalmente anulada. "A gente espera que o júri seja realizado, pois foram vários adiamentos a pedido da defesa, e também, ao final, esperamos a condenação, a uma pena próxima ao que foi do júri anulado", declarou.

Por outro lado, Hugo Peres, irmão de Tereza Cristina e tio de Gabriel, manifestou seu anseio por justiça, condenando veementemente as ações do acusado e criticando a tentativa de utilizar a semi-imputabilidade como meio para atenuar a responsabilidade pelos crimes cometidos. "Ele é um covarde, aproveitou da fragilidade do sentimental da minha irmã, conquistou e depois a humilhou, bateu e a matou", lamentou Hugo, reforçando o impacto devastador dos atos sobre a família.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) mantêm a acusação de duplo homicídio qualificado, sem conceder credibilidade à alegação de semi-imputabilidade pela defesa. Este segundo julgamento, composto por um corpo de júri formado por cinco homens e duas mulheres, representa um momento crucial na busca por justiça para as vítimas e seus familiares, enquanto o réu enfrenta novamente a possibilidade de uma condenação significativa.

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