Israel recusa comboio humanitário da ONU na Faixa de Gaza

Carga de alimentos destinada a aliviar a fome é rejeitada e saqueada após bloqueio por autoridades israelenses

Por Plox

06/03/2024 09h53 - Atualizado há 8 meses

Na terça-feira, 5 de março de 2024, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas enfrentou a recusa de Israel em permitir a entrada de um comboio de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza, resultando no saque de alimentos por pessoas locais em estado de desespero. Este incidente marca a primeira tentativa frustrada de entrega de alimentos pela agência desde 20 de março, interrompendo a distribuição no norte do território em meio a um cenário de "caos total e violência".

Foto: Reprodução de vídeo

Os 14 caminhões carregados com mantimentos aguardaram durante três horas no posto de controle de Wadi Gaza, sudeste da Faixa de Gaza, antes de serem rejeitados pelo Exército de Israel. Em sequência, ao serem desviados do local, os caminhões foram interceptados e saqueados por uma multidão, que levou aproximadamente 200 toneladas de alimentos.

O vice-diretor-executivo do PMA, Carl Skau, destacou a gravidade da situação, mencionando que embora tenham sido realizados lançamentos aéreos de seis toneladas de alimentos em cooperação com a Força Aérea da Jordânia, tal medida é vista como um último recurso e insuficiente para prevenir a fome. Estima-se que 2,2 milhões dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza estejam à beira da fome, especialmente no norte, onde o bloqueio por parte das forças israelenses intensifica a crise humanitária.

O PMA continua buscando alternativas para o transporte de alimentos para a região, embora ressalte que as estradas permanecem como a única via viável para o envio da quantidade necessária para combater a fome entre a população afetada.

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