Turismo religioso impulsiona economia em Minas Gerais
Segundo dados da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Minas Gerais ocupa o segundo lugar em turismo religioso, atrás apenas de São Paulo
Por Matheus Valadares
06/04/2023 14h05 - Atualizado há mais de 1 ano
Minas Gerais é famosa por suas cidades históricas, que refletem as raízes da cultura mineira e a identidade nacional. O estado também se destaca como um dos principais destinos para o turismo religioso no Brasil, atraindo peregrinos e turistas de todo o país e do mundo para seus santuários, igrejas e capelas. Segundo dados da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Minas Gerais ocupa o segundo lugar em turismo religioso, atrás apenas de São Paulo.
Nessas cidades históricas, obras de artistas renomados como Antônio Lisboa, o Aleijadinho, chamam a atenção. Entre as principais atrações estão o Santuário do Bom Jesus dos Matosinhos, em Congonhas, com os doze profetas esculpidos em pedra sabão e as capelas dos Passos da Paixão, reconhecidas como patrimônio mundial pela Unesco. Esses locais atraem visitantes de todo o Brasil, especialmente durante a Semana Santa, quando são realizadas encenações de passagens bíblicas.
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Apoio ao turismo de fé
Com a aproximação da Semana Santa, o Governo de Minas lançou, na primeira quinzena de março, o Plano Estadual de Bens Culturais da Fé. O objetivo é estruturar, capacitar e promover o turismo religioso no estado, além de impulsionar o desenvolvimento econômico relacionado ao setor. A Secult já cadastrou 63 municípios com programação de Semana Santa e espera alcançar 200 cidades até 2024.
Em Congonhas, a prefeitura e a comunidade eclesiástica organizam eventos durante a Semana Santa que atraem peregrinos e visitantes. A programação inclui encenações teatrais da Paixão de Cristo, shows gospel e outras atividades. Gerson Alberto de Paula, instrutor de Formação Profissional do Senac em Conselheiro Lafaiete e morador de Congonhas, destaca a importância desses eventos para a cidade e a população local.
Turismo religioso e economia local
De acordo com Gerson, a festa religiosa da Semana Santa impulsiona a economia da cidade, especialmente nos setores de hotelaria, gastronomia e artesanato. Congonhas abriga também um rico acervo artístico e cultural, além do Museu de Congonhas, primeiro museu sítio do Brasil. No entanto, ele ressalta a necessidade de melhorar a divulgação das ações, promover eventos além das datas marcantes e investir na infraestrutura turística.
Congonhas tem como principal fonte de recursos a mineração, responsável pela maior parte dos empregos diretos e indiretos. No entanto, a economia gerada pelo turismo religioso vem crescendo. A cidade vizinha, Conselheiro Lafaiete, também é impactada pelo setor minerário e possui forte conexão econômica com Congonhas.