VÍDEO - Mãe e namorada dela são condenadas a mais de 50 anos por matar o filho

Após quase três anos de julgamento, as acusadas são condenadas a mais de meio século de prisão cada uma

Por Plox

06/04/2024 09h54 - Atualizado há cerca de 1 ano

Em um veredito aguardado, a justiça do Rio Grande do Sul sentenciou, nesta sexta-feira (6), Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e Bruna Nathiele Porto da Rosa, respectivamente mãe e madrasta de Miguel dos Santos Rodrigues, a penas severas pela morte do menino de 7 anos, ocorrida em julho de 2021. 

Yasmin foi condenada a 57 anos, um mês e dez dias de reclusão, enquanto Bruna recebeu uma pena de 51 anos, um mês e vinte dias de prisão. 

Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, mãe de Miguel dos Santos Rodrigues e a namorada dela  Bruna Nathiele Porto da Rosa - DICOM/TJRS

A decisão, proferida pelo Júri da Comarca de Tramandaí, veio após denúncias do Ministério Público que apontavam o casal como responsável pelo crime, descrevendo atos de tortura e agressões contra o menino, considerado por elas como um estorvo para a relação.

O crime e o julgamento

Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues (mãe; à esquerda) e Bruna Nathiele Porto da Rosa (namorada dela) durante julgamento-DICOM/TJRS

 

Durante o processo, foi revelado que Miguel sofreu torturas físicas e psicológicas, evidenciadas por mensagens, vídeos e objetos apreendidos. Uma busca no celular de Yasmin, tentando descobrir se digitais permaneciam na água salgada, foi determinante para a acusação. 

Foto: redes sociais

O garoto teria sido dopado antes de seu corpo ser escondido em uma mala e lançado nas águas do Rio Tramandaí.

A defesa de Yasmin tentou argumentar por um crime de homicídio culposo, alegando que a intenção não era matar o garoto com os remédios administrados. Contudo, ambas, Yasmin e Bruna, durante suas falas, acusaram-se mutuamente, com Yasmin admitindo o homicídio e apontando a influência de Bruna como decisiva para o crime.

Condenação unânime

O júri não se convenceu pelos argumentos da defesa, acatando integralmente a denúncia do Ministério Público e condenando ambas por homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver. As acusadas, presas preventivamente desde 2021, não poderão recorrer em liberdade. Esta decisão marca o fim de um caso que chocou a opinião pública pelo grau de crueldade envolvido, restando a esperança de que a justiça possa oferecer algum consolo à memória do jovem Miguel.
 

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