Brasil sobe no ranking de desenvolvimento humano da ONU
País avança cinco posições no IDH em 2023 e contrasta com desaceleração global
Por Plox
06/05/2025 10h52 - Atualizado há 1 dia
O Brasil registrou um avanço significativo no cenário internacional ao subir cinco posições no ranking global de desenvolvimento humano, conforme o relatório divulgado nesta terça-feira (6) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O país, que ocupava a 89ª posição, passou a figurar agora na 84ª colocação entre os 193 países avaliados. Os dados referem-se ao ano de 2023, com o Brasil alcançando um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0.786. O índice, que varia de 0 a 1, é calculado com base em três pilares: saúde, educação e renda.
Em contraste com o progresso brasileiro, o relatório aponta para uma preocupante desaceleração no desenvolvimento humano global. De acordo com o PNUD, esse ritmo lento é o menor já registrado em 35 anos, excluindo os anos críticos de 2020 e 2021. O documento, intitulado “Uma questão de escolha: pessoas e possibilidades na era da Inteligência Artificial”, destaca que a recuperação esperada após as recentes crises não se concretizou como previsto.
$&&$“Em vez de observar uma recuperação sustentada após o período de crises excepcionais de 2020-2021, o relatório revela um progresso inesperadamente fraco”$, informa o documento oficial.
Achim Steiner, administrador do PNUD, alertou sobre os riscos desse novo cenário: $&&$“Se o progresso lento de 2024 se tornar 'o novo normal', esse marco de 2030 poderá ser adiado por décadas – tornando nosso mundo menos seguro, mais dividido e mais vulnerável a choques econômicos e ecológicos”$, afirmou. Para ele, é essencial repensar o papel da inteligência artificial e explorar novas formas de impulsionar o desenvolvimento global.
O relatório também chama atenção para o crescimento das desigualdades entre países ricos e pobres, sinalizando uma ameaça real à meta de alcançar um desenvolvimento humano muito alto para todos até 2030.
Entre as recomendações apresentadas, destacam-se a importância de construir economias colaborativas entre humanos e IA, garantir que o fator humano esteja presente em todo o ciclo da tecnologia e adaptar os sistemas de saúde e educação às necessidades contemporâneas.
No topo do ranking de desenvolvimento humano, países como Islândia (0.972), Noruega e Suíça (ambas com 0.970) lideram a lista. Em contrapartida, na base do índice, estão nações como Sudão do Sul (0.388), Somália (0.404) e República Centro-Africana (0.414), refletindo os desafios enfrentados em regiões marcadas por conflitos e pobreza extrema.
A performance positiva do Brasil surge como um alento em meio à estagnação global, mostrando que, mesmo diante de desafios econômicos e sociais, é possível conquistar avanços significativos com políticas públicas eficazes e investimentos nas áreas prioritárias para o bem-estar da população.