Presidente da AMM acusa governo Lula de repassar responsabilidades a municípios

Durante congresso, Marcos Vinícius Bizarro afirmou que país caminha para a bancarrota em 2027 e criticou postura federal com prefeituras

Por Plox

06/05/2025 10h46 - Atualizado há 1 dia

Durante a abertura do Congresso Mineiro de Municípios, realizada nesta terça-feira (6), o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Marcos Vinícius Bizarro, fez duras críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em tom alarmista, o ex-prefeito de Coronel Fabriciano declarou que o Brasil caminha para uma bancarrota em 2027, apontando o que ele considera um movimento de transferência de responsabilidades do governo federal para as administrações municipais.


Imagem Foto: Arquivo Plox


Em coletiva de imprensa, Marcos Vinícius não poupou críticas e chegou a afirmar que o governo federal “está morrendo afogado e quer puxar os prefeitos com ele”. Ele declarou que os municípios estão sendo sobrecarregados com novas atribuições, sem o devido suporte da União.
“Hoje nós temos que entender que o governo federal está em bancarrota. Já está anunciado que em 2027 o nosso país vai quebrar”, afirmou

.


O presidente da AMM destacou a dívida pública como um dos principais sinais da instabilidade econômica. Segundo ele, a soma dos títulos emitidos pela União, combinada com as taxas de juros praticadas atualmente, torna a dívida impagável. Ele também mencionou dificuldades na previdência e no regime geral como agravantes do cenário.


Além disso, Marcos Vinícius criticou o acordo firmado no caso da tragédia de Mariana, no qual, segundo ele, os municípios atingidos foram deixados de fora das discussões. Ele denunciou a ausência de diálogo com o Supremo Tribunal Federal (STF), que estaria “sentado” sobre a ação impetrada pela AMM.


“O que a União vai arrecadar não consegue nem pagar o custo efetivo da máquina pública, imagine fazer investimentos”, destacou. Para ele, o acordo de Mariana livrou as mineradoras de responsabilidades, repassando os impactos para os prefeitos.


O Congresso também marcou a despedida de Marcos Vinícius da presidência da AMM. Ele será sucedido pelo prefeito de Patos de Minas, Luis Falcão.


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