Tarcísio lidera com folga intenções de voto para governo de SP

Se a eleição para o governo de São Paulo acontecesse hoje, o atual governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, estaria reeleito com ampla vantagem. É o que revela o levantamento mais recente do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta terça-feira (6).

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No primeiro cenário estimulado, Tarcísio aparece com 42,1% das intenções de voto. O segundo colocado é o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que alcança 21,1%. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), conhecida por sua atuação contra a escala 6×1 de trabalho, surge em terceiro lugar com 9,4%.

Na sequência, o ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) aparece com 5,5%. O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), tem 4,8%, seguido por Paulo Serra (PSDB), ex-prefeito de Santo André, com 4%. Já o empresário Filipe Sabará (Republicanos), coordenador do plano de governo de Pablo Marçal (PRTB) em 2024, registra 0,8%.

Entre os entrevistados, 4,1% não souberam ou não quiseram responder, enquanto 8,2% disseram que votariam branco ou anulariam o voto.

Em outro cenário, com a substituição de Alckmin por Márcio França (PSB), atual ministro do Empreendedorismo, Tarcísio mantém a liderança com 46,5%, enquanto França aparece com 11,9%. França já declarou recentemente seu interesse em disputar o governo paulista nas eleições do ano que vem.

Quando o nome de Tarcísio é retirado e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), entra no lugar, o cenário se altera. Nunes lidera com 29,5%, enquanto França marca 16,2%. Já em um terceiro cenário, sem Tarcísio nem Nunes, Márcio França lidera com 20,6%, mas o número de votos brancos, nulos ou nenhuma opção chega a 25%, superando qualquer candidato. Nesse mesmo cenário, Gilberto Kassab (PSD), atual secretário de Tarcísio, é citado por 6,7%.

No recorte espontâneo, em que os eleitores mencionam nomes sem estímulo, Tarcísio lidera com 18,8% das menções. Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, e Geraldo Alckmin aparecem empatados com 1,2%.

Além da intenção de voto, o levantamento mediu a aprovação da gestão estadual. Tarcísio tem aprovação de 66,8% dos entrevistados, enquanto 28,9% desaprovam sua administração. Em uma análise qualitativa, 49,5% avaliam seu governo como “ótimo” ou “bom”, enquanto 18,4% o classificam como “ruim” ou “péssimo”. Esses números apresentam pouca variação em relação às pesquisas anteriores, que datam de novembro do ano passado.

A pesquisa ouviu 1.700 eleitores entre os dias 1º e 4 de maio, em 85 municípios de São Paulo. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais, com índice de confiança de 95%.

Embora Tarcísio tenha declarado que pretende disputar a reeleição ao governo de São Paulo em 2026, seu nome figura como um dos principais cotados pela direita para concorrer à Presidência da República. Essa possibilidade ganha força diante da situação de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pode se estender até 2030.

Em conversas reservadas, o governador teria sinalizado que não pretende se afastar do cargo em abril do próximo ano, prazo exigido pela legislação para quem deseja concorrer em 2026. A decisão, segundo ele, visa manter o controle sobre seu futuro político, sem depender de indicações de terceiros, incluindo Bolsonaro.