Bandidos incendeiam ônibus e ambulância em Manaus após prisão de traficante
Os ataques teriam sido coordenados por uma facção criminosa denominada Comando Vermelho
Por Plox
06/06/2021 11h54 - Atualizado há cerca de 4 anos
Uma noite de terror tomou conta da cidade de Manaus, capital do Amazonas, na virada deste sábado para domingo (6). Pelo menos 17 veículos foram incendiados. A ordem que determinou os atentados teria partido de dentro de um presídio e o motivo seria a morte de um traficante.
Segundo as primeiras apurações, os ataques teriam sido coordenados por uma facção criminosa denominada Comando Vermelho em retaliação a morte de um dos líderes conhecido como Dadinho. Ele teria morrido durante uma operação da ROCAM, Rondas Ostensivas Cândido Mariano, na tarde deste sábado.

As empresas de ônibus coletivos suspenderam as viagens e recolheram os veículos para suas garagens. O secretário de Segurança Pública do Estado, Coronel Luismar Bonates, informou que foi criada uma equipe para tratar da crise, composta por membros da Polícia Militar e Polícia Civil. Até o momento, nenhuma prisão foi comunicada.

A corporação de bombeiros informou que os chamados sobre as ocorrências de incêndios começaram por volta da meia-noite e que os locais mais afetados estão próximos do centro sul e da zona leste. O Sindicato das Empresas de Transporte Passageiro do Estado do Amazonas repudiou os atentados e emitiu uma nota abordando o caso. Também no interior do estado foram registradas algumas ocorrências, principalmente na cidade de Parintins e Careiro Castanho.
Nota Sinetram
O Sinetram repudia os atos de vandalismo ocorridos nas primeiras horas deste domingo (06), em que 7 ônibus do transporte coletivo foram incendiados dentre outros atos violentos.
A violência das ações, aparentemente de caráter terrorista, causou pânico nos operadores do serviço, pois há relatos de grupos encapuzados e armados praticando tais atos, sendo que, por isso, toda a frota foi recolhida.
Atos dessa natureza, além de serem crimes de dano e ilícitos civis, visam disseminar o medo e inviabilizam o serviço essencial.
Diante desse cenário, os maiores prejudicados são o usuário do transporte coletivo e os trabalhadores do sistema de transporte cujas vidas estão em risco.
Por fim, pedimos às autoridades públicas competentes imediatas e urgentes providências para a identificação dos criminosos e para a cessação da onda de violência a fim de que seja viabilizada a normalização do serviço essencial de transporte coletivo.