Arquivamento de Investigação Contra Lira no STF: Um Desfecho Celebrado pelo Deputado

Em uma sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, a investigação em curso contra Arthur Lira, atual Presidente da Câmara dos Deputados, foi rejeitada e arquivada. Lira, pertencente ao PP-AL, expressou sua satisfação com o resultado no Twitter, declarando que "fez-se justiça".

"Consciência tranquila"

Segundo Lira, ele recebeu "com serenidade" a decisão da 1ª Turma do STF de arquivar a investigação que pesava contra ele. No mesmo pronunciamento, o presidente da Câmara reafirmou sua integridade, afirmando que, ao longo dos 24 anos de sua carreira política, nunca cometeu "qualquer tipo de transgressão".

Decisão Unânime e Recuo da PGR

A decisão de arquivar a denúncia foi unânime, tomada pelos ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. A mudança de direção ocorreu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) voltar atrás na acusação feita contra Lira. Segundo a PGR, a acusação se apoiava somente em uma delação premiada. Com esse recuo, o caso foi encerrado.

A acusação original

A acusação tinha como fulcro a apreensão, em 2012, de R$ 106 mil com Jaymerson José Gomes de Amorim, assessor da Câmara dos Deputados, que estava a caminho de um voo de São Paulo para Brasília. A denúncia foi apresentada em 2018 pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Segundo Dodge, o dinheiro estava destinado a Lira, supostamente como retribuição por uma indicação na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), entidade vinculada ao Ministério das Cidades.