Câncer de pulmão: medicamento reduz em 51% o risco de morte, diz estudo
Segundo os dados, 682 participantes de 26 países participaram do estudo
Por Plox
06/06/2023 19h24 - Atualizado há mais de 1 ano
Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, apresentaram uma pesquisa de um significativo avanço no combate ao câncer de pulmão. Um medicamento demonstrou a capacidade de reduzir em 51% do risco de morte em decorrência da doença.
Segundo o estudo, divulgado durante a reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), em Chicago, no Estados Unidos, o medicamento Osimertinib demonstrou a capacidade de reduzir o risco de morte nos pacientes.
Conforme os relatos, o estudo incluiu 682 participantes de 26 países, incluindo fumantes e não fumantes, com idades entre 30 e 86 anos. A grande maioria dos pacientes sofria de um tipo de câncer de pulmão denominado "células não pequenas", que corresponde a 85% dos casos da doença.
O uso do Osimertinib após a cirurgia melhorou significativamente a sobrevida desses pacientes. "Há 30 anos, não tínhamos nada que pudéssemos oferecer a esses pacientes", disse Roy Herbst, vice-diretor do Yale Cancer Center e principal autor do estudo. "Agora temos este medicamento poderoso."
O câncer de pulmão é o principal responsável por mortes por câncer no mundo, provocando cerca de 1,8 milhão de óbitos anualmente, de acordo com dados globais. Dessa forma, o avanço representado por esse estudo é de enorme importância.
Surpreendentemente, cerca de dois terços dos pacientes analisados no estudo eram mulheres, e a mesma proporção representava indivíduos sem histórico de tabagismo. Isso indica que o Osimertinib pode ser eficaz tanto para fumantes quanto para não fumantes diagnosticados com câncer de pulmão.
Angela Terry, presidente da EGFR Positive UK, uma instituição de caridade voltada ao combate e ao tratamento do câncer de pulmão, comemorou os resultados. “As descobertas são muito emocionantes e extremamente significativas. Uma taxa de sobrevivência geral de cinco anos de 88% é uma notícia incrivelmente positiva”, afirmou ela.