Resiliência econômica: Vale do Aço supera desafios de 2020 e registra crescimento no PIB, aponta relatório

O panorama macroeconômico de 2020 na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) e no Colar Metropolitano, destacado pela Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço e baseado nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela um cenário de resiliência econômica em meio aos desafios trazidos pela pandemia de COVID-19. O PIB total da RMVA em 2020 foi de R$ 17,39 bilhões, enquanto o do Colar Metropolitano saltou de R$ 5,61 bilhões em 2019 para R$ 6,23 bilhões em 2020, um aumento de R$ 614,37 milhões.

O setor terciário, que abrange o comércio, serviços e administração pública, foi responsável por mais da metade (53,16%) do PIB da RMVA em 2020, com um total de R$ 9,24 bilhões. Foi a única atividade a apresentar crescimento positivo em 2020, apesar da queda na Agropecuária e na Indústria. No Colar Metropolitano, o setor terciário também liderou a produção de riqueza, com R$ 3,36 bilhões, representando 53,99% do PIB da região.

A distribuição da atividade econômica pelos municípios da RMVA e do Colar Metropolitano apresentou uma variedade de setores dominantes. Em Açucena, Braúnas e Joanésia, a atividade de energia e saneamento foi a mais relevante, devido à presença de centrais hidrelétricas. Timóteo, Belo Oriente e Jaguaraçu se destacaram pela indústria de transformação, enquanto Antônio Dias teve a extração mineral como atividade de maior importância em 2020.

Nos municípios de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso e Caratinga, os “demais serviços” foram a atividade econômica de maior representatividade. Nos outros 17 municípios da região, a administração pública foi a atividade preponderante em 2020.

O município de Ipatinga, com o nono maior PIB do Estado, liderou a participação na RMVA em 2020, concentrando 64,10% da atividade econômica regional. Outros destaques foram Timóteo, com a segunda maior participação regional, e Coronel Fabriciano, com a terceira maior participação, evidenciando o poderio econômico dessas localidades.
 

Ipatinga: a locomotiva econômica da região

Com R$ 11,15 bilhões em atividade econômica, o município de Ipatinga se mostrou um gigante econômico em 2020, mesmo em meio à tempestade desencadeada pela pandemia. No entanto, a cidade apresentou uma queda de 3,38 pontos percentuais em relação a 2019. Quando somadas as economias do Colar Metropolitano e da RMVA, a participação de Ipatinga totalizou 47,20% do PIB, uma diminuição de 3,91 pontos percentuais em comparação ao ano anterior.

Timóteo e Coronel Fabriciano: ascensão e fortalecimento econômico

Timóteo, por sua vez, apresentou um crescimento notável. O município, que detinha a 29ª maior economia estadual em 2019, viu seu PIB aumentar para R$ 3,64 bilhões em 2020, o que representou 20,93% do PIB da RMVA. Em relação ao montante da RMVA em 2019, houve um acréscimo de participação de 2,87 pontos percentuais, e de 1,73 pontos percentuais quando considerado o Colar e RMVA.

Coronel Fabriciano, outro pilar econômico da região, registrou em 2020 um PIB de R$ 1,83 bilhões, contribuindo com 10,50% do total da RMVA, um aumento de 0,29 pontos percentuais em comparação ao ano anterior.

Santana do Paraíso: crescimento em meio a adversidades

Santana do Paraíso, apesar de possuir o quarto menor PIB da RMVA, apresentou um crescimento expressivo em sua participação. Em 2020, o município viu seu PIB saltar para R$ 776,86 milhões, passando de 4,25% para 4,47%, um aumento de 0,22 pontos percentuais. Quando o Colar Metropolitano é também levado em conta, a participação de Santana do Paraíso aumentou 0,07 pontos percentuais, passando de 3,22% em 2019 para 3,29% em 2020.

É notório que, apesar de algumas oscilações, os municípios da RMVA demonstraram grande resiliência econômica em 2020, enfrentando e superando os desafios impostos por um ano repleto de adversidades. O destaque de alguns setores e municípios revela a diversidade da economia da região e o potencial para um crescimento ainda maior e mais equilibrado no futuro.