Risco de catástrofe nuclear surge após destruição de barragem na Ucrânia
A barragem de Kakhovka, localizada em uma área ocupada da região de Kherson, sofreu danos substanciais devido a "ataques múltiplos", denunciados pelas autoridades nomeadas por Moscou como de origem ucraniana
Por Plox
06/06/2023 14h04 - Atualizado há mais de 1 ano
Em um dramático desenvolvimento no sul da Ucrânia, a destruição de uma barragem resultou na evacuação de habitantes locais, que agora enfrentam o perigo de inundações. Além disso, o incidente desencadeou um tenso intercâmbio de acusações entre a Ucrânia e a Rússia, nações que já estão em estado de conflito.
Acusações Mútuas e Potencial Perigo Nuclear
A barragem de Kakhovka, localizada em uma área ocupada da região de Kherson, sofreu danos substanciais devido a "ataques múltiplos", denunciados pelas autoridades nomeadas por Moscou como de origem ucraniana. Por outro lado, a Ucrânia acusou a Rússia de ser a responsável pela destruição da barragem, numa tentativa de "impedir" a contraofensiva planejada por Kiev para recuperar territórios perdidos no sul e leste do país.
Em reação ao incidente, o Presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional. Andriy Yermak, seu chefe de gabinete, referiu-se ao incidente como um "crime de guerra" por parte da Rússia.
O representante de Kiev, Anton Korinevich, na Corte Internacional de Justiça, afirmou que o ataque à barragem resultou na evacuação de civis e provocou sérios danos ecológicos. A Ucrânia chamou a Rússia de "Estado terrorista" durante essa reunião.
Repercussão Internacional e Resposta Russa
Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, insistiu que a Rússia terá que responder pela destruição de uma infraestrutura civil, classificando-a também como "crime de guerra". Além disso, Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, condenou a "brutalidade" da Rússia.
Entretanto, o governador de Kherson, nomeado pela Rússia, Andrey Alekseyenko, afirmou que nenhuma cidade de grande porte estava em perigo de inundações, apesar do nível da água ter subido "2 a 4 metros".
Cenário de Desastre e Riscos Nucleares
Olekander Prokudin, comandante militar ucraniano em Kherson, relatou que várias áreas foram "total ou parcialmente inundadas" e que os residentes começaram a deixar a região. A barragem de Kakhovka, que abastece a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, também fornece água para a refrigeração da central nuclear de Zaporizhzhia.
Este é o motivo pelo qual a destruição parcial da barragem foi acompanhada de avisos sobre o risco de "catástrofe nuclear" na central, a maior