Aranhas-marrom causam mais de mil ataques em Minas Gerais nos últimos três anos

Picadas podem levar a quadros graves e até à morte; saiba como identificar e se proteger

Por Plox

06/06/2024 20h04 - Atualizado há 3 meses

Minas Gerais registrou 1.213 casos de ataques por aranhas-marrons nos últimos três anos, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A picada desses aracnídeos pode resultar em sérios problemas de saúde e, em alguns casos, até morte.

Riscos e complicações

Embora a maioria dos ataques resulte em casos leves, a demora no atendimento médico pode agravar os sintomas. Luana Varela, do Serviço de Proteômica e Aracnídeos da Fundação Ezequiel Dias (Funed), alerta que a picada é inicialmente indolor, mas pode causar vermelhidão, inchaço, bolhas, necroses, complicações circulatórias e renais. "A falta de tratamento rápido pode ser fatal", ressalta Varela. Em Belo Horizonte, o Hospital João XXIII é a principal referência para esses casos.

Foto: Léo Noronha/Funed

Identificação da aranha-marrom

As aranhas-marrons pertencem ao gênero Loxosceles e são identificadas por sua coloração marrom a amarelo-acinzentado, seis olhos dispostos em três pares e uma mancha escura em forma de violino no cefalotórax. Medem até quatro centímetros de comprimento com as pernas esticadas, sendo os machos menores e com pernas mais longas. Produzem teias irregulares e podem ser encontradas em ambientes naturais e residenciais, como materiais de construção, telhados, atrás de móveis, fendas e rodapés.

Sintomas das picadas

Segundo a SES-MG, a picada da aranha-marrom pode causar lesões graves na pele, que começam com dor e coloração arroxeada, podendo evoluir para necrose após cerca de três dias. Apesar de graves, casos de necrose são raros, e não houve registros nos últimos cinco anos. O tratamento indicado é a administração do soro antiaracnídico, disponível em todo o estado.

Medidas de prevenção

A Funed recomenda as seguintes medidas para evitar acidentes com aranhas-marrons:

  • Evitar acúmulo de entulhos, folhas secas e lixo.
  • Inspecionar roupas, toalhas e calçados antes de usá-los.
  • Vedar frestas e buracos em assoalhos.
  • Manter ralos de cozinha e banheiros fechados.
  • Afastar camas e móveis das paredes.
  • Não colocar as mãos diretamente em pedras ou troncos podres.
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