Brasil faz acordo com China que pode aumentar exportação de café

Exportações podem aumentar em US$ 500 milhões com parceria da Luckin Coffee

Por Plox

06/06/2024 13h37 - Atualizado há 3 meses

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, oficializou nesta quarta-feira (5) um acordo significativo com a China que pode aumentar as exportações de café do Brasil em até US$ 500 milhões. Em visita ao país asiático, Alckmin firmou diversos memorandos de entendimento que prometem abrir novos mercados para o café brasileiro.


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Luckin Coffee amplia importação de café brasileiro

Um dos principais acordos assinados prevê a exportação de cerca de 120 mil toneladas de café para a Luckin Coffee, maior rede de cafeterias da China com mais de 16 mil lojas. Esta parceria representa um incremento significativo nas vendas, considerando que, em todo o ano de 2023, as exportações brasileiras de café somaram US$ 280 milhões.

“Em 2022, o Brasil exportou US$ 80 milhões em café e, no ano passado, foram US$ 280 milhões, praticamente quatro vezes mais que no ano anterior. Agora, só neste contrato com a Luckin Coffee, estamos falando de meio milhão de dólares, o que demonstra que o Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, está abrindo mercados”, destacou Alckmin.

Criação de hub de comércio e investimentos em Xangai

Além do acordo com a Luckin Coffee, o Brasil e a China firmaram a criação de um hub para fomentar comércio e investimentos no distrito de Yangpu, em Xangai, que abriga empresas de tecnologia como o TikTok. No total, foram assinados 12 memorandos que visam promover a presença brasileira no mercado asiático, uma iniciativa coordenada pela Agência Brasileira de Promoção à Exportação (ApexBrasil).

Investimento da Sinovac em parceria com a Fiocruz

Durante a visita, a farmacêutica chinesa Sinovac, conhecida pelo desenvolvimento da vacina Coronavac, anunciou um investimento de US$ 100 milhões no Brasil. O objetivo é desenvolver terapia celular e iniciar a produção local de vacinas e anticorpos monoclonais, importantes no combate a doenças infecciosas.

Além disso, a Sinovac firmou uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para cooperação em pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas, focando em respostas rápidas a crises sanitárias. “Eu tomei Coronavac”, afirmou Alckmin, destacando a importância do imunizante no combate à covid-19 no Brasil. “A ciência ajuda o mundo e temos que avançar ainda mais, temos que trabalhar juntos, por isso saúdo a disposição da Sinovac de investir no Brasil.”

 

 

 

 

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